Dois meses depois da sua chegada ao território português, como foi anunciado aqui na Ordidja, o embaixador Fali Embaló, fez a entrega da carta credencial, no palácio de Belém em Lisboa, na última sexta-feira.
Embora há cerca de um mês ter fornecido no Palácio das Necessidades, onde funciona o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, as chamadas "cópias figuradas" de suas credenciais, habilitando-o em certa medida a agir oficialmente, e a ter acesso a representação diplomática guineense em Portugal, só esta sexta-feira, dia 10 de Dezembro foi possível a acreditação do novo embaixador.
Segundo as normas diplomáticas, só agora está oficializado a representação guineense em Portugal. Os procedimentos estão assim concluidos pois o embaixador, dá início as suas funções quando entrega ao chefe do Estado acreditado, neste caso o presidente português, Aníbal Cavaco Silva, as suas cartas credenciais, que é um documento assinado pelo chefe do Estado acreditante, neste caso o presidente guineense, Malam Bacai Sanha, que indica a classe do chefe da missão, que neste caso será, embaixador plenipotenciário, e pede que este seja reconhecido oficialmente.
Ou seja, a formalidade da entrega da carta credencial, marca o início das funções, e é o documento que o chefe de Estado da Guiné-Bissau dirigiu ao homologo de Portugal, onde lhe comunica a nomeação de Fali Embaló para a qual previamente ter-se-á obtido o placet.
À Ordidja sabe que o embaixador Fali Embaló quis manter à máxima discrição do ato, sendo aliás à estratégia que este diplomata guineense pretende adoptar nos próximos tempos, contrariando assim o frenesim da equipa da embaixada que lhe rodeia, que ambicionavam transformar este acontecimento num ato solene digno de registo, contando com um evento em que a participação em massa da comunidade residente em Portugal, se iria notar. Mas como “o embaixador é que manda” a planeada “boca-livre” fica para a próxima!