Ar do tempo
Marquei presença na manif do último Sabado ! Estive com todos aqueles que duma maneira ou d'outra sentem, a dor, daqueles que friamente o Estado em Portugal, tem roubado o futuro. Um assalto feito com recibos verdes a luz do dia. Se Fernando Pessoa profetizou em 1912 o advento do "supra-Camões" e um futuro extraordinário para a raça portuguesa, o ar do tempo em que vivemos nos dias de hoje, contrariam essa profecia.
Alias, esta inadaptação do referido futuro nos tempos que correm, é marcado fundamentalmente pela facilidade que se criou em Portugal de explorar, explorar e explorar o outro sem dó nem piedade. A sociedade portuguesa dos últimos vinte anos, evoluio para um beco, e tratando-se dum beco, logo não tem saída. Mas o mais lamentavél é o azar deste país estar a ser governado por um executivo com marcas claras de "génio corupto" e pior, não está à altura de resolver os grandes desafios e nem tem capacidade de indicar novos rumos.
É natural que as primeiras manifestações sejam pacíficas e ordeiras, em que muitos com falta do pão, não olharam com desdém para as lojas da Louis Vuitton, nem com a inveja aqueles que frequentavam as lojas da Hugo Boss. Agora se não houver medidas claras para travar o abismo económico e social da população, apoiarei sem reticências ou reservas, ações em que a ordem pode ser alterada.
Por assim dizer, e porque este país está afundando e os políticos divertem-se a jogar ping-pong discursivo, e a pensarem apenas em votos, neste momento estórico em que se está a degustar o novo poder das redes sociais, a minha palavra se resume em confirmar a VITÓRIA clara e inequívoca da organização da marcha do dia 12 de Março.
