Bisneto de Geronimo protesta contra codinome da operação que matou Bin Laden
WASHINGTON — O bisneto do chefe apache Geronimo protestou nesta quinta-feira contra a utilização do codinome "Geronimo" para a operação militar americana que eliminou Osama bin Laden. "É um insulto e um erro que tenham utilizado esse nome para designar a operação ou o próprio Osama bin Laden", afirmou em um comunicado Harlyn Geronimo, um ex-combatente do Vietnã e descendente do chefe indígena.
"E batizar uma operação para eliminar ou capturar Osama bin Laden com o nome Geronimo é uma distorção da história que é difamante para um chefe ameríndio e um grande ser humano", acrescentou. Harlyn Geronimo, cujo pai participou do desembarque na praia de Omaha Beach, na Normandia, em 1944, pediu ao presidente Barack Obama e ao secretário de defesa Robert Gates que expliquem como conseguiram chegar a "uma utilização tão indigna do nome de (seu) bisavô".
Ele pediu também que o nome Geronimo seja expurgado dos documentos oficiais relatando a operação no Paquistão. Várias organizações indígenas criticaram nos últimos dias o uso por parte dos militares do nome do chefe apache para designar uma operação visando a eliminar "um terrorista que matou milhares de pessoas".
A carta de seu bisneto foi acrescentada à lista de depoimentos ouvidos nesta quinta-feira no Congresso durante uma audiência do Comitê de Relações Indígenas sobre "os estereótipos racistas e as populações autóctones". O chefe do povo Apache Geronimo morreu em 1909 com 90 anos, em Fort Sill (Oklahoma, oeste).
Com a promessa não respeitada de que os apaches poderiam recuperar suas terras, Geronimo se rendeu ao Exército dos Estados Unidos em 1886 e permaneceu detido como prisioneiro de guerra durante mais de vinte anos.
Nota Ordidja
Lá está a questão dos nomes, e sem querer mexer na semântica do post anterior, neste caso temos duas formas de escrever, o lusófono Jerónimo (utilizado na crónica anterior) e o outro em castelhano Geronimo deste post.
Pois é, o perturbador dever de honra, em relação ao Bom-nome, que não comento…“penso eu de que…”