Bom, nada melhor do que antes, começar por fazer uma pequena incursão pelos wikis da net, buscando o sentido e à origem desta palavra forte que afirmo ser fácil, desempenharmos. Ou seja, buscar epistemologicamente, à origem do adjetivo: Hipócrita.
Hipócrita: Falso, fingido, mascarado e aquilo que se denota hipocrisia. Hipócrita é uma transcrição do vocábulo grego "hypochrités". Os actores gregos usavam máscaras de acordo com o papel que representavam numa peça teatral. É daí que o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência.
O termo “hipocrisia” é também comumente usado (alguns diriam abusado) num sentido que poderia ser designado de maneira mais específica como um “padrão duplo”. Um exemplo disso é quando alguém acredita honestamente que deveria ser imposto um conjunto de morais para um grupo de indivíduos diferente do de outro grupo. Hipocrisia é pretensão ou fingimento de ser o que não é. Hipocrisia é o ato de ser hipócrita. Um exemplo de um hipócrita é quando você critica aquela ação enquanto você à comete.
Posto às coisas nessa perspectiva e analisado o significado da palavra, passo de imediato ao que me trás de volta há mais um gatafunho, com uma afirmação um tanto ou quanto, forte, que contraria um pouco a subtileza que vou utilizando até então, nos artigos que vão sendo publicado neste “Mural” de nome Ordidja. Isto para focar o quê?
É que, a meu ver, não basta ganhar expressão e notabilidade virtual, para que de repente, nos deixemos ser conduzidos pelo estimulo de estar ao reboque de alguns acontecimentos, ou de alguns artigos sabendo de antemão que podemos estar à frente desses acontecimentos e artigos.
Fato relevante: tenho consciência dos muitos lamentos que gritei, neste mural, e pode o leitor ter a certeza que não me arrependo de tê-los gritado ou escrito na altura devida e, na hora certa.
Mas, mais de que isso, o que fiz, foi tentar adotar uma visão útil e otimista em relação ao país da minha nascença. Assumi para isso o desafio claro de não parar esta marcha e este percurso cyber-náutico, disponibilizando uma parte do meu tempo e energia, para qualquer combate de ideias e de reflexões sobre à Guiné e não só, mas desde que sejam construtivas e carreguem criatividade nas alternativas.
Pelas reações, tenho reparado que impressiono combativamente, positivamente e todos os mentes-claros, que cada um de nós sabe que possui. Obrigado aos seguidores e amigos desta página! Por isso da minha parte, através deste mural, podem ter a certeza que continuarei a contribuir para esclarecer algumas “más novas”, provocada sobretudo pelos erros de perceção, cujo à dependência do sensacionalismo obriga alguns dos atores destas lides a sacrificarem as suas vontades e sonhos. É que, quando for mais velho, criarei um “site” com um adjetivo cujo qualquer utilização, dessa palavra, vai ser para mim um atentado a minha inteligência e compreenção.
Petit-a-petit fui recolhendo e sugerindo temas que marcam algum inconformismo e desassossego, tendo em conta os acontecimentos e a necessidade de recriarmos ou inventarmos cada amanha com novas esperanças entre os guineenses.
Por isso considero fácil ser hipócrita, quando sobretudo mascaradamente evitamos comentar ou opinar sobre alguns artigos ou assuntos, mesmo sabendo que as provocações vão multiplicar à sensação de que algo nos retrai. A minha resposta ontem numa conversa foi esta: a integridade é mais difícil de se mostrar do que a hipocrisia. É fácil ser hipócrita.
Portanto, se tudo correr bem, publicarei no dia 5 e Julho, alguns trechos do discurso do Doutor Comandante Pedro Pires como prometi ao leitor. É que pedi ao colega e amigo Anatolio Lima a versão digital, para não cometer erros e gafes. Claro que não publicarei o mail do pedido e nem da resposta desse colega, até porque é assessor de imprensa do presidente Pedro Pires, e sei diferenciar bem os universos das relações humanas que apresentam os círculos: públicos, privados e íntimos.
E vou também este fim-de-semana fechar o dossier da conferência “Os caminhos para a consolidação da Paz e Desenvolvimento” uma vez que falta publicar uma entrevista feita ao Barnabé Gomes, jornalista e assessor de imprensa do presidente Nino Vieira, que esteve na residência deste, naquela fatídica madrugada 2 e Março de 2009. E recebi as resoluções finais das conferências de Dakar e Lisboa, que serão os próximos post, graças ao empenho e determinação do fiel amigo, Fernando Jorge Dias.
Bem Haja!