Fonte: SOL
Segundo dados preliminares, o candidato apoiado pelo MpD bateu Manuel Inocêncio Sousa (PAICV), que já assumiu a derrota. Eleição marcada por denúncia de irregularidades.
Na segunda volta das presidenciais, realizada este domingo, Jorge Carlos Fonseca terá alcançado cerca de 54% dos votos, contra os 45% do candidato apoiado pelo partido no poder, o PAICV de José Maria Neves, que mergulha numa crise interna cerca de meio ano após ter alcançado uma maioria absoluta.
A vitória foi declarada pelo mandatário nacional de Fonseca, Manuel Faustino. «Tenho a honra de anunciar que Jorge Carlos Fonseca é o novo Presidente da República de Cabo Verde», disse o responsável à imprensa. Cerca das 0h, o Presidente eleito ainda não tinha falado ao país.
No Mindelo, onde ficou retido pelo mau tempo, Manuel Inocêncio Sousa reconheceu a derrota e felicitou o adversário. Durante a noite, a mandatária nacional de Inocêncio admitiu que «dificilmente» seria invertida a tendência revelada pelos primeiros dados do escrutínio, quando estavam contabilizados mais de 85% dos votos.
A vitória, à segunda vez
Afastado da política partidária há 13 anos, Jorge Carlos Fonseca tem 61 anos, é casado e pai de dois filhos. Escritor e poeta, o novo Presidente de Cabo Verde destacou-se sobretudo como jurista. Mestre em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de Lisboa, leccionou naquela instituição, em Macau e em Cabo Verde, onde fundou o Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais. É autor de obra científica na área do Direito publicada em 11 países.
Militou pela independência de Cabo Verde mas rompeu com o PAIGC aquando da instauração de um regime de partido único no arquipélago. Foi ministro dos Negócios Estrangeiros no primeiro Governo da era do multipartidarismo e concorreu à Presidência pela primeira vez em 2001, tendo sido derrotado pelo agora Presidente cessante Pedro Pires, que era então apoiado pelo PAICV.
Apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD), Fonseca, popularmente conhecido por Zona, venceu a primeira volta das presidenciais de 2011 com um discurso de ruptura com o sistema político-partidário. Beneficiou da divisão do PAICV em torno de três candidaturas. No segundo turno, bate Inocêncio, o 'ministro de betão' do primeiro-ministro José Maria Neves, depois de ter declarado ao SOL que contava reunir o apoio das candidaturas derrotadas devido à noção de que o eleitorado não queria um «yes man do Governo» no Palácio do Plateau.
Recusando um cenário de instabilidade política ou de confronto com o Executivo, Fonseca define como prioridade para os próximos anos «criar um ambiente que permita o país vencer os seus grandes desafios: modernização, crescimento sustentado da economia, combate ao desemprego, redução substancial da pobreza e qualificação dos recursos humanos».
Suspeita de irregularidades nos EUA
A votação de domingo ficou marcada pela notícia da detenção de um delegado da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Cabo Verde nos Estados Unidos. António Gerson Semedo estaria na posse de 250 mil dólares em dinheiro vivo e perto de um milhar de passaportes e bilhetes de identidade cabo-verdianos. A candidatura de Jorge Carlos Fonseca alertou para indícios de compra de votos.
A CNE negou qualquer irregularidade e considerou «muito grave» a «suspeição» levantada pela candidatura de Fonseca. O organismo eleitoral explicou a detenção de Semedo com um «visto caducado». O visado anunciou que irá processar criminalmente a estrutura de campanha do Presidente-eleito.
Até ao momento, o único veredicto dos observadores internacionais sobre as eleições de domingo é positivo. A CEDEAO, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, declarou que o escrutínio decorreu em ambiente de grande normalidade, registando um único incidente numa assembleia de voto na Cidade da Praia, onde vários cidadãos tentaram votar antes da hora de abertura das urnas.
A vitória foi declarada pelo mandatário nacional de Fonseca, Manuel Faustino. «Tenho a honra de anunciar que Jorge Carlos Fonseca é o novo Presidente da República de Cabo Verde», disse o responsável à imprensa. Cerca das 0h, o Presidente eleito ainda não tinha falado ao país.
No Mindelo, onde ficou retido pelo mau tempo, Manuel Inocêncio Sousa reconheceu a derrota e felicitou o adversário. Durante a noite, a mandatária nacional de Inocêncio admitiu que «dificilmente» seria invertida a tendência revelada pelos primeiros dados do escrutínio, quando estavam contabilizados mais de 85% dos votos.
A vitória, à segunda vez
Afastado da política partidária há 13 anos, Jorge Carlos Fonseca tem 61 anos, é casado e pai de dois filhos. Escritor e poeta, o novo Presidente de Cabo Verde destacou-se sobretudo como jurista. Mestre em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de Lisboa, leccionou naquela instituição, em Macau e em Cabo Verde, onde fundou o Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais. É autor de obra científica na área do Direito publicada em 11 países.
Militou pela independência de Cabo Verde mas rompeu com o PAIGC aquando da instauração de um regime de partido único no arquipélago. Foi ministro dos Negócios Estrangeiros no primeiro Governo da era do multipartidarismo e concorreu à Presidência pela primeira vez em 2001, tendo sido derrotado pelo agora Presidente cessante Pedro Pires, que era então apoiado pelo PAICV.
Apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD), Fonseca, popularmente conhecido por Zona, venceu a primeira volta das presidenciais de 2011 com um discurso de ruptura com o sistema político-partidário. Beneficiou da divisão do PAICV em torno de três candidaturas. No segundo turno, bate Inocêncio, o 'ministro de betão' do primeiro-ministro José Maria Neves, depois de ter declarado ao SOL que contava reunir o apoio das candidaturas derrotadas devido à noção de que o eleitorado não queria um «yes man do Governo» no Palácio do Plateau.
Recusando um cenário de instabilidade política ou de confronto com o Executivo, Fonseca define como prioridade para os próximos anos «criar um ambiente que permita o país vencer os seus grandes desafios: modernização, crescimento sustentado da economia, combate ao desemprego, redução substancial da pobreza e qualificação dos recursos humanos».
Suspeita de irregularidades nos EUA
A votação de domingo ficou marcada pela notícia da detenção de um delegado da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Cabo Verde nos Estados Unidos. António Gerson Semedo estaria na posse de 250 mil dólares em dinheiro vivo e perto de um milhar de passaportes e bilhetes de identidade cabo-verdianos. A candidatura de Jorge Carlos Fonseca alertou para indícios de compra de votos.
A CNE negou qualquer irregularidade e considerou «muito grave» a «suspeição» levantada pela candidatura de Fonseca. O organismo eleitoral explicou a detenção de Semedo com um «visto caducado». O visado anunciou que irá processar criminalmente a estrutura de campanha do Presidente-eleito.
Até ao momento, o único veredicto dos observadores internacionais sobre as eleições de domingo é positivo. A CEDEAO, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, declarou que o escrutínio decorreu em ambiente de grande normalidade, registando um único incidente numa assembleia de voto na Cidade da Praia, onde vários cidadãos tentaram votar antes da hora de abertura das urnas.
Fonte: Público
O jurista Jorge Carlos Fonseca é o novo Presidente da República de Cabo Verde e vai suceder a Pedro Pires. Nas eleições deste domingo, derrotou Manuel Inocêncio Sousa, o candidato oficial do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que governa o país com maioria absoluta.
Os resultados provisórios quando faltava apurar os votos em 58 das 1108 mesas, atribuíam a "Zona", como Fonseca é conhecido no país, 54,45 por cento dos votos expressos, correspondentes a 95.127 votos; contra 45,55 por cento de Manuel Inocêncio, resultantes de 79.574 votos. “Desenha-se uma vitória de Jorge Carlos Fonseca”, reconheceu a mandatária do candidato do PAICV, Cristina Fontes Lima, no primeiro comentário oficial.
O vencedor tem 60 anos, nasceu em São Vicente e candidatou-se com o apoio do MpD (Movimento para a Democracia), o principal partido da oposição. Na primeira volta, a 7 de Agosto, obteve 37,3 por cento contra 32 por cento de Inocêncio, que disputou as preferências do eleitorado do PAICV com Aristides Lima, ex-presidente da Assembléia Nacional. Lima, depois de ter sido preterido no apoio oficial do partido governamental, a que também pertence, avançou com uma candidatura autônoma e conseguiu 24,7.
Os resultados desta segunda volta indicam que o candidato oficial do PAICV, o preferido do líder do partido e primeiro-ministro, José Maria Neves - que é também um derrotado do processo e vai ter de governar em coabitação -, não conseguiu mobilizar todo o eleitorado que na primeira volta preferiu Lima.
O quarto Presidente de Cabo Verde foi ministro dos Negócios Estrangeiros no início da década de 1990, após a instauração do multipartidarismo, e presidia ao Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais. Concorreu uma primeira vez à Presidência em 2001, quando Pedro Pires chegou ao Palácio Plateau, em que agora lhe sucede.
Inocêncio reconhece derrota em Cabo Verde
Fonte: JN
Manuel Inocêncio, candidato à segunda volta das presidenciais em Cabo Verde, reconheceu a derrota na votação e felicitou o adversário, Jorge Carlos Fonseca, pela eleição para Presidente da República.
Segundo os últimos dados oficiais divulgados pela Direcção Geral de Apoio ao Processo Eleitoral (DGAPE), Jorge Carlos Fonseca lidera a contagem dos votos da segunda volta das eleições presidenciais cabo-verdianas, realizada domingo, com 54,5% dos votos, quando estão apuradas 93,3% das assembleias.
Com a abstenção a situar-se nos 40,3%, inferior em mais de seis pontos em relação à primeira volta (46,8%), Jorge Carlos Fonseca lidera com 94.806 votos, deixando Manuel Inocêncio Sousa com 79.209 votos (45,5%).
A chuva, praticamente ausente durante o processo eleitoral, caiu com intensidade nas ilhas do norte do arquipélago, o que não permitiu a abertura, em tempo útil, de quatro mesas da ilha de Santo Antão (totalizam 652 eleitores), com a votação a ser adiada para esta segunda-feira, dentro do mesmo horário.
"Ideias e propostas para o futuro"
Manuel Inocêncio, apoiado pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), ficou retido no Mindelo, ilha de São Vicente, devido ao mau tempo, e deslocou-se à sede de candidatura local para ler uma breve declaração de reconhecimento de derrota.
Fonte: http://www.embvc.pt/
Nota Ordidja
Por estas bandas chamam (notícia comentada), notas, como estas que faço, ou vou fazendo, em rodapê aqui e ali, neste MEU espaço, Nota Ordidja, onde sou dono e senhor, das minhas vontades. Na ORDIDJA, claro, ou julgou outro Lugar?! Mas também, prometi ao meu teclado, que se tivesse que escrever algo sobre Cabo-Verde, primeiro, tinha que chamar atenção pelo seguinte: Falta a terceira e última parte, do Discurso do Doutor Comandante Pedro Pires. Esta semana não falha. Sai! O discurso, claro! Ou também ajuízou outra coisa?
Até porque, vai sair com honra e respeito, El COMANDANTE! E conversas de campanha, são lixiviações que só estraga o Pano. Facto: A República de Cabo-Verde, tem um novo presidente, democraticamente eleito. Facto: Decoreu normalmente! Facto: Quem seguiu de longe, pelo menos sentiu, que o ATO ELEITORAL foi pacífico, e o RESULTADO expressa alternância. Facto: A divulgação dos resultados, teve a mesma velocidade do processamento feito, nas democracias avançadas, o resultado está aí, a vista de todos. E isso é um marco na jovem e séria democarcia das Ilhas. E mais, não houve bate-boca! Nem teve aquela puxa-puxa, do género “fui eu que ganhei” ou “não fui eu, o vencedor” e faz-se um espetáculo pobre em todos os sentidos e aspectos. Ou mais grave ainda é quando leio “ ah, caso necessário, recorre-se a AK, Bazukas e mais armamentos, e toca o FOGO!” Aquilo que acontece sempre nas Democracias atrasadas “mentalmente” falanto. As notícias que se seguem depois das bate-bocas todos conhecemos: os Golpes, guerras civis e etc, etc e etc...
É dessa violência política que falo, quando falo das heranças da Luta de Libertação Nacional, que Libertou dois Povos e Um teve que ARCAR, pagar e está pagando ainda, pelo teste feito no Laboratório da Liberdade. E o Outro, vai tendo sucessos reconhecidos ou merecidos, mas que quando se lhe pergunta “ Então pá? Então não achas que o vosso Estado, deveria apoiar a República irmã, ou o irmão, das Independências?” vira logo a cara, e assobia para o lado. E quando se lhe pergunta, “então pá? onde estão às contribuições?” mesmo que seja um(1) Céntimo!!! Contribuição? Sim! Aquela, dos danos causados...
Deixem para lá! Mas só mais um Ponto – Que o novo Presidente caboverdiano, seja aquela garantia dos grandes passos democraticos conquistados e alcançados com coragem e trabalho dos nossos irmãos de Cabo-Verde. Todos ficarão mais felizes, se o novo PR, honrar com o juramento que irá proferir, no ato da Tomada de Posse!!! E quando blá, blá, blá ... vamos estar atentos às puxões de orelha que, vai ter que querer dar ao menino Zé-Maria, etc, etc...Muitos Sucessos!
Um sinto muito ao mano Inocêncio.
Ah, PARABÉNS SR. PRESIDENTE!