quarta-feira, 13 de junho de 2012

Parlamento Europeu vai pedir "reposição imediata" da ordem constitucional

Mapa Mundi 1459

Fonte: Angola Press

Estrasburgo(França) - O Parlamento Europeu (PE) vai votar na quarta-feira uma resolução sobre a Guiné-Bissau, onde é pedida a "reposição imediata" da ordem constitucional e a conclusão do processo eleitoral interrompido pelo golpe de Estado de 12 de Abril.   No documento, a que a agência Lusa teve acesso e que deverá ser votado favoravelmente pelas diversas famílias políticas no PE, os euro - deputados pedem o "respeito absoluto pela integridade física de todos os funcionários públicos e outros cidadãos" sob alçada dos militares rebeldes.   A resolução conjunta exorta também a comunidade internacional a exercer "toda a influência necessária" e a fornecer todo o apoio para se chegar a uma "investigação completa" sobre o golpe de Estado e trazer os seus responsáveis à Justiça.  

A assembleia delibera na quarta-feira sobre a Guiné-Bissau sobre a situação de instabilidade no país depois de ter debatido o tema a 23 de Maio, na anterior sessão plenária, tendo na altura sido adiada a votação de uma posição formal do hemiciclo, o que acontecerá nesta sessão de Junho. Bruxelas, apontará o PE, deverá prosseguir a sua ajuda humanitária e o apoio dado ao país e à sua população, numa altura em que  a situação militar "instável e incapaz" na Guiné-Bissau potencia um outro perigo: o da intensificação do tráfico de drogas, canalizadas nomeadamente para o continente europeu. 

A resolução sobre a Guiné-Bissau vai ser votada ao mesmo tempo que serão adoptados textos sobre o conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul e sobre a situação da República Democrática do Congo. A posição do Parlamento Europeu relativamente à Guiné-Bissau tem lugar numa altura em que a União Europeia já tem em curso sanções - proibição de viajar e congelamento de bens em território comunitário - contra aqueles que considera responsáveis pela situação de instabilidade no país, designadamente 21 membros do comando militar autor do golpe de Estado de 12 de Abril.  
O golpe de Estado na Guiné-Bissau ocorreu na véspera do início da segunda volta da campanha eleitoral para as eleições presidenciais.  O Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior tinha ganhado a primeira volta e disputaria a segunda volta, a 22 de Abril, com Kumba Ialá.  

Carlos Gomes Júnior e o Presidente interino, Raimundo Pereira, estiveram detidos até 26 de Abril, quando foram levados para a Côte d'Ivoire e permanecem fora do país. Um governo de transição, negociado com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), foi nomeado e deverá promover a realização de eleições no prazo de um ano. No entanto, as autoridades de transição -- lideradas pelo Presidente Serifo Nhamadjo e pelo Primeiro-ministro Rui Duarte de Barros - não são reconhecidas pela restante comunidade internacional, nomeadamente pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Ordidja-notando      
Vai ser hoje esta palhaçada. Os europeus à CPLP e Angola adoram o “governo” no exílio dourado. Vais-se lá saber por quê? São momentos destes que a ausência do euro-deputado Miguel Portas(falecido no mês passado) se faz sentir! Ele sim, tenho quase a certeza, que desmascararia todo o complexo de colonizador que Portugal ainda tem, muito embora a euro-deputada Ana Gomes(PS), tenha gritado o contrario, durante todo o dia de ontem, nas antenas da RDP-África.

Já agora, e desculpem o atrevimento: Porquê que o ex-PM ainda não foi a Angola?