Mapa Mundi 1459
Fonte:
Angola Press
Estrasburgo(França) - O Parlamento Europeu (PE) vai votar na
quarta-feira uma resolução sobre a Guiné-Bissau, onde é pedida a
"reposição imediata" da ordem constitucional e a conclusão do
processo eleitoral interrompido pelo golpe de Estado de 12 de
Abril. No documento, a que a agência Lusa teve acesso e que
deverá ser votado favoravelmente pelas diversas famílias políticas no PE, os
euro - deputados pedem o "respeito absoluto pela integridade física de
todos os funcionários públicos e outros cidadãos" sob alçada dos militares
rebeldes. A resolução conjunta exorta também a comunidade
internacional a exercer "toda a influência necessária" e a fornecer
todo o apoio para se chegar a uma "investigação completa" sobre o
golpe de Estado e trazer os seus responsáveis à Justiça.
A assembleia delibera na quarta-feira sobre a Guiné-Bissau sobre a
situação de instabilidade no país depois de ter debatido o tema a 23 de Maio,
na anterior sessão plenária, tendo na altura sido adiada a votação de uma
posição formal do hemiciclo, o que acontecerá nesta sessão de Junho. Bruxelas,
apontará o PE, deverá prosseguir a sua ajuda humanitária e o apoio dado ao país
e à sua população, numa altura em que a situação militar "instável e
incapaz" na Guiné-Bissau potencia um outro perigo: o da intensificação do
tráfico de drogas, canalizadas nomeadamente para o continente europeu.
A resolução sobre a Guiné-Bissau vai ser votada ao mesmo tempo que
serão adoptados textos sobre o conflito entre o Sudão e o Sudão do Sul e sobre
a situação da República Democrática do Congo. A posição do Parlamento
Europeu relativamente à Guiné-Bissau tem lugar numa altura em que a União
Europeia já tem em curso sanções - proibição de viajar e congelamento de bens
em território comunitário - contra aqueles que considera responsáveis pela
situação de instabilidade no país, designadamente 21 membros do comando militar
autor do golpe de Estado de 12 de Abril.
O golpe de Estado na Guiné-Bissau
ocorreu na véspera do início da segunda volta da campanha eleitoral para as
eleições presidenciais. O Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior
tinha ganhado a primeira volta e disputaria a segunda volta, a 22 de Abril, com
Kumba Ialá.
Carlos Gomes Júnior e o
Presidente interino, Raimundo Pereira, estiveram detidos até 26 de Abril,
quando foram levados para a Côte d'Ivoire e permanecem fora do país. Um
governo de transição, negociado com a Comunidade Económica dos Estados da
África Ocidental (CEDEAO), foi nomeado e deverá promover a realização de
eleições no prazo de um ano. No entanto, as autoridades de transição --
lideradas pelo Presidente Serifo Nhamadjo e pelo Primeiro-ministro Rui Duarte
de Barros - não são reconhecidas pela restante comunidade internacional,
nomeadamente pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Ordidja-notando
Vai ser hoje esta palhaçada. Os europeus à CPLP e Angola
adoram o “governo” no exílio dourado. Vais-se lá saber por quê? São momentos
destes que a ausência do euro-deputado Miguel Portas(falecido no mês passado) se
faz sentir! Ele sim, tenho quase a certeza, que desmascararia todo o complexo
de colonizador que Portugal ainda tem, muito embora a euro-deputada Ana Gomes(PS),
tenha gritado o contrario, durante todo o dia de ontem, nas antenas da
RDP-África.
Já agora, e desculpem o atrevimento: Porquê que o ex-PM ainda
não foi a Angola?