Blaise Campaoré (esq) e o Rei Maomé VI(drt)
País onde fez parte da formação militar e onde conheceu Thoma Sankara,
Marrocos, foi o território escolhido pelo trocidário Blaise Camporé, para
passar o exílio dourado. A semana escolhida pelos serviços da inteligência do
reino marroquino para acolher o ditador burkinabê, não podia ser melhor.
Enquanto
todo o mundo ficou focado na questão da decisão de receber ou não (decidiu-se
hoje sábado 8 de novembro pela não realização) a edição de 2015 da
Taça das Nações Africanas, que se disputaria no país entre 17 de janeiro de 8
de fevereiro, devido ao risco de ébola, dava-se por completo nesta sexta-feira
(7 de setembro), as formalidades do direito ao exílio do ex-presidente Blaise
Campaoré e família. Sabe-se que a última vez que o ditador Campaoré esteve em
Marrocos, foi durante uma visita privada entre os dias 16 a 20 de agosto deste
ano.
Os marroquinos fundamentaram que “não esquecem os amigos” para justificar
o deferimento do pedido de exílio do trocidário Campaoré que durante o seu regime
em Burkina Faso, facilitou a entrada de várias empresas do reino de Maomé VI no
país, e concedeu exploração de setores estratégicos como a energia a capitais
marroquinas.