Fonte: Lusa
Ex-ministro brasileiro considera ajuda a Guiné-Bissau "grande responsabilidade"
Ordidjanotando
Logo depois das eleições gerais na Guiné, conseguiu-se chamar atenção dos media brasileiro chegando ao ponto do jornal com maior tiragem no país, Folha de São Paulo, carimba-se o seguinte lead : “Brasil aposta na Guiné-Bissau como nova vitrine internacional”.
Na sua última deslocação à Bissau, Embaixador António Patriota (ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, agora representante do país na ONU) numa conversa descontraída num restaurante de Bissau, deixou escapar a seguinte afirmação “estamos a ser os primeiros a vir reunir com o governo guineense na fase pós-mesa-redonda como você sabe o Brasil quer ajudar de fato a Guiné”.
A diplomacia económica que se está a tentar imprimir no Brasil, só terá melhor acolhimento e ganhos consideráveis se houver uma vontade política clara do governo e da sede da nossa diplomacia em Bissau. Pois será necessário também que, deixemos de ter alguns complexos em relação ao gigante da América do Sul.
Ex-ministro brasileiro considera ajuda a Guiné-Bissau "grande responsabilidade"
O embaixador brasileiro e ex-ministro
brasileiro das Relações Exteriores e da Defesa Celso Amorim afirmou na
terça-feira à noite que a grande responsabilidade do Brasil em África é a ajuda
à Guiné-Bissau.
"O
Brasil tem uma grande responsabilidade hoje, em minha opinião, se tivesse que
singularizar uma, na África, [que é a] Guiné-Bissau. O Brasil tem de ajudar a
Guiné-Bissau a se reerguer e a resolver os problemas", disse Amorim a
jornalistas, após uma conferência sobre as relações Brasil-África, promovida
pelo Instituto Lula.
Amorim
opinou que seria uma vergonha para o Brasil nada fazer perante eventuais
problemas, como a existência de grupos extremistas ou uma epidemia de Ébola,
atingirem o país. "Deus
nos livre esse problema, do Boko Haram, ou o problema do Ebola chegarem à
Guiné-Bissau e o Brasil não fazer nada, vai ser uma vergonha porque o país não
vai conseguir sobreviver", disse.
Questionado
sobre um possível papel do Brasil como mediador para a África, o ex-ministro
realçou que, no caso do Boko Haram, não acredita que o país "tenha
necessariamente algo para ensinar à Nigéria", mas que, caso a Nigéria
solicite o Brasil deve ajudar. Celso
Amorim, conhecido por promover uma política externa de aproximação entre Brasil
e África, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, negou-se a comentar a
atual gestão da política externa brasileira, e, após ser questionado, não
respondeu se acha que houve retrocesso nesse relacionamento com os países
africanos.
Guiné-Bissau discute parcerias com empresários brasileiros em transporte naval e alimentação
A
Embaixada da Guiné-Bissau no Brasil está a discutir parcerias com empresários
brasileiros em áreas como o transporte naval, a produção de castanha de caju e
o tratamento de lixo, disse a embaixadora à Lusa.
Eugénia
Saldanha Araújo afirmou que há um projeto para incluir a Guiné-Bissau numa rota
naval de transporte de carga entre Fortaleza, no nordeste do Brasil, e a Cidade
da Praia, em Cabo Verde.
O
cônsul da embaixada também discutiu com empresários brasileiros sobre a
produção de castanha de caju, que hoje em dia é feita no Brasil, mas, na
Guiné-Bissau, não há o costume de se aproveitar a castanha depois de consumir o
caju. Também
está em discussão, segundo a embaixadora, está uma parceria com uma empresa de
tratamento de lixo, da cidade de João Pessoa, também no nordeste brasileiro.
Outra
empresa brasileira está interessada em construir uma rota de transporte aéreo
entre Fortaleza e Bissau, passando por Portugal, ainda segundo a diplomata, que
não divulgou o nome das empresas com as quais estão a negociar estes acordos.
A
Embaixada da Guiné-Bissau em Brasília está a realizar registos, casamentos e
óbitos dos guineenses que vivem no Brasil, e a renovação do passaporte dos
estudantes. Segundo
a embaixadora, há atualmente 1.500 estudantes da Guiné-Bissau no Brasil,
principalmente na cidade de Fortaleza.
Embaixador Antônio Patriota e Arq. Djamila Gomes (Djá)
Ordidjanotando
O chefe de Estado guineense José Mário Vaz foi o
quarto na ordem de presidência para os cumprimentos de posse da Presidenta Dilma Rousseff,
ficando atrás apenas de EUA, China e Venezuela. Mas como se isso não basta-se,
a diplomacia “made in GB” conseguiu que o PR Jomav fosse um dos três beneficiados
com audiência concedidas pela presidenta Dilma Rousseff.
A sinalização da vontade das autoridades brasileiras em apoiar o nosso país tem sido cada vez mais expressivos. Foi sem dúvida uma conquista diplomática sem precedentes aquando da visita e participação do PR Mário Vaz na tomada de posse da PR Dilma em Brasília no mês de Janeiro do ano em curso.
A sinalização da vontade das autoridades brasileiras em apoiar o nosso país tem sido cada vez mais expressivos. Foi sem dúvida uma conquista diplomática sem precedentes aquando da visita e participação do PR Mário Vaz na tomada de posse da PR Dilma em Brasília no mês de Janeiro do ano em curso.
Logo depois das eleições gerais na Guiné, conseguiu-se chamar atenção dos media brasileiro chegando ao ponto do jornal com maior tiragem no país, Folha de São Paulo, carimba-se o seguinte lead : “Brasil aposta na Guiné-Bissau como nova vitrine internacional”.
Na sua última deslocação à Bissau, Embaixador António Patriota (ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil, agora representante do país na ONU) numa conversa descontraída num restaurante de Bissau, deixou escapar a seguinte afirmação “estamos a ser os primeiros a vir reunir com o governo guineense na fase pós-mesa-redonda como você sabe o Brasil quer ajudar de fato a Guiné”.
A diplomacia económica que se está a tentar imprimir no Brasil, só terá melhor acolhimento e ganhos consideráveis se houver uma vontade política clara do governo e da sede da nossa diplomacia em Bissau. Pois será necessário também que, deixemos de ter alguns complexos em relação ao gigante da América do Sul.
Ah, logo na minha
primeira semana em Bissau, tive a chance de encontrar a arquiteta e Administradora Sectorial de Bafata, Djamila Gomes (Djá para
os chegados), num barzinho perto da sede do Benfica de Bissau. Quando os nossos
olhares se cruzaram, os nossos movimentos foram simultâneos. Olhamo-nos bem nos
olhos e, celebramos o reencontro com um forte e demorado abraço, de irmãos!!! Para
quem se lembrou dos galherdetes virtuais (no espaço de inimizade) entre eu e
ela no ano passado, só tenho a dizer isto. Não perdemos o tempo nem a energia
para falar do assunto e, aquilo lá, não beliscou nem um pouquinho a nossa
relação de irmandade!