" África precisa de
transformações estruturais na economia”, afirma Carlos Lopes
Lula: http://www.institutolula.org/para-celso-amorim-a-democracia-avanca-na-africa
Nesta quinta-feira (23/04/15), com a participação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Instituto Lula empossou o seu
“Conselho África”, em São Paulo. A abertura da cerimônia teve a fala de Carlos
Lopes, atual secretário-geral adjunto e secretário-executivo da Comissão
Econômica para a África da ONU. Lopes enumerou os desafios sociais, econômicos
e políticos do continente no século XXI. Na mesa, estavam presentes Paulo
Cordeiro, subsecretário do Itamaraty, Luiz Filipe de Alencastro, professor da
FGV, Silvana Campanini, diretora de estudo e pesquisa do Centro Internacional
de Proteção de Direitos Humanos de Buenos Aires, Alexandra Loras, consulesa da
França em São Paulo e Celso Marcondes, diretor de Instituto Lula e responsável
pela Iniciativa África.
Segundo o secretário, “a África precisa de
transformações estruturais, de uma mudança completa da estrutura das economias
dos países do continente”. Porém, Lopes destacou a necessidade de “fazer uma
industrialização que atenda à condição atual” do continente africano. Afirmou
também que o que se noticia a respeito do continente não corresponde à
realidade. “A narrativa sobre a África está marcada por uma visão pessimista”,
disse. “Nossa situação econômica é invejável”, disse. “Nos últimos 15 anos,
duplicamos o PIB”, completou.
Para que os países africanos consigam amplias seu
desenvolvimento, segundo o secretário, é necessário melhorar a produtividade da
economia, provocar a industrialização através do agronegócio e da transformação
de matérias-primas, formalizar o setor de serviços e criar um mercado
continental integrado.
Após a exposição, os membros da mesa fizeram considerações. Paulo
Cordeiro, subsecretário do Itamaraty, afirmou que a África é parte do que nós
somos”. E os africanos dizem que nós somos parte da solução dos problemas
deles”. Em sua fala, a consulesa da França em São Paulo, Alexandra Loras,
agradeceu o ex-presidente Lula, presente na platéia, por ter "dado
dignidade a 40 milhões de negros neste país
“Damos atenção à África porque
a África mora aqui”, diz Celso Amorim
O embaixador e ex-ministro das Relações
Exteriores, Celso Amorim, participa nesta terça-feira (26), da quinta edição da
série “Conversas sobre África”, realizada pela Iniciativa África do Instituto
Lula. Amorim fará uma palestra com o tema “Um balanço sobre as relações
Brasil-África”, na sede do Sindicato dos Bancários em São Paulo, às 18h30.
A atividade faz parte da comemoração do Dia da
África (25 de maio) e também estarão presentes embaixadores de países
africanos, sindicalistas, professores, historiadores, estudantes e
representantes de instituições que atuam no Brasil e na África.
O “Conversas sobre África”, realizado desde
2012, propõe trazer para o debate estudiosos, especialistas, autoridades e
pessoas preocupadas em fortalecer as relações entre Brasil e África. É uma
iniciativa do Instituto Lula, Sindicato dos Bancários e do Programa Mundial de
Alimentos da ONU.
Veja aqui a entrevista de Celso Amorim para o
site do Instituto
Lula: http://www.institutolula.org/para-celso-amorim-a-democracia-avanca-na-africa
Embaixadora da Guiné-Bissau
faz visita ao Instituto Lula
A
embaixadora da Guiné-Bissau no Brasil, Eugénia Saldanha, visitou o Instituto
Lula nesta quarta-feira, 27. Ela participou de uma reunião com Celso Marcondes
e Iacy Correia, da equipe da Iniciativa África, e se encontrou com o
ex-presidente Lula.
A embaixadora Eugénia Saldanha foi a representante dos países africanos na mesa de trabalhos na comemoração do "Dia da África" na noite anterior, no Sindicato dos Bancários de São Paulo.
A embaixadora Eugénia Saldanha foi a representante dos países africanos na mesa de trabalhos na comemoração do "Dia da África" na noite anterior, no Sindicato dos Bancários de São Paulo.
No evento,
estiveram presentes cerca de duzentas pessoas, entre elas os representantes
oficiais de quinze países africanos. Foram sete embaixadores
(Guiné-Bissau, Moçambique, Etiópia, Nigéria, Quênia, Mauritânia e Tanzânia) e
as representações oficiais (cônsul ou ministro ou
secretários) de mais oito países africanos e dois sul-americanos
(Marrocos, Guiné Equatorial, África do Sul, Botsuana, Sudão, Mali, Angola e
Argélia, Peru e Venezuela).
A
representante da Guiné-Bissau falou sobre o processo de redemocratização que
vive seu país e os fortes laços que o unem ao Brasil. Lembrou que neste mês de
maio foi completado o primeiro ano de mandato do governo e do presidente José
Mario Vaz, eleito nas eleições diretas de 20 de maio de 2014 e que o apoio
internacional é essencial no momento,
A
embaixadora acentuou a necessidade do Brasil avançar na cooperação com a
Guiné-Bissau, um país pequeno, com apenas 1,5 milhão de habitantes, que luta
para consolidar a democracia e retomar o curso do desenvolvimento econômico,
depois de três anos de instabilidade constitucional.
O Brasil tem
hoje 25 projetos em curso na Guiné-Bissau, nas áreas da agricultura, da segurança,
da educação, entre outros. A embaixadora Eugénia afirmou que é muito importante
que eles sejam mantidos e ampliados; Ao final da
reunião, a embaixadora foi saudada pelo ex-presidente Lula, que reafirmou o
compromisso de ajudar no estreitamento dos laços entre os dois países.
Ordidjanotando