Por: Buli Conté
Buli Conte
A
bem da verdade, a Guiné-Bissau, mais uma vez, vive numa crise institucional,
provocada pela ausência de um bom relacionamento entre o Presidente da
República, José Mário Vaz e o Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, ambos
do PAIGC.
Há
muito que se tem falado nos bastidores, da falta de boa coabitação entre os
principais membros dos órgãos da soberania (Presidência, Assembleia e a
Prematura), que em nada abona ao bom funcionamento
das Instituições da República.
Porém, não é segredo para ninguém que a
crise institucional já está instalada. Prova disso, o primeiro-ministro, pediu
na semana passada aos parlamentares, uma moção de confiança e teve o voto
favorável por parte dos deputados. Dias depois, o conselheiro do Presidente da
República para área de Defesa, António Cabral Avelino, durante uma entrevista
numa das rádios privadas da capital, desvalorizou a referida moção de
confiança, tendo afirmado que, o Presidente da República tem prorrogativas
constitucionais para demitir o governo, em caso da grave crise política.
Porém, a comunidade internacional faz tudo
que estiver ao seu alcance para que o país volte a normalidade
constitucional/institucional. Por isso, apoiou a realização das eleições, a
realização da mesa redonda e agora está canalizar paulatinamente para o país,
os fundos prometidos durante a mesa redonda.
Agora, cabe aos detentores do poder, a
RESPONSABILIDADE maior para não defraudar as expectativas do martirizado povo
guineense e da comunidade internacional.
Está bem clara, na constituição da
República da Guiné-Bissau, a separação das competências dos órgãos da
soberania, por isso, não vejo motivo para que haja esta crise institucional.
Peço aos meus compatriotas guineenses, que
coloquemos o interesse do povo guineense acima de qualquer outro interesse,
pois o momento exige a cada guineense, a maior ponderação, seriedade,
tolerância e que se dediquem mais para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Bem-haja a todos.
Tenho dito.