Guerreira Massai (Quadro: José Martinatti)
Fonte: Avaaz.org
Caros amigos,
Reis e príncipes do Oriente Médio estão prestes a forçar a remoção de
mais de 48.000 pessoas de suas terras na Tanzânia, para dar lugar a um
complexo de caça de animais financiado por empresas privadas. Entretanto, o
presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, já mostrou uma vez que pode impedir
esses acordos se houver uma cobertura de mídia negativa. Clique para causar
uma tempestade na mídia e pressionar o presidente Kikwete a vetar a
desapropriação das terras e salvar o povo Maasai.
A qualquer momento,
uma grande empresa de caça de animais pode fechar um contrato que forçaria mais
de 48.000 membros da famosa tribo africana Maasai a deixarem suas terras para dar lugar a reis e príncipes
ricos do Oriente Médio, que desejam caçar leões e leopardos. Especialistas
dizem que a aprovação do contrato pelo presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete,
pode acontecer a qualquer momento. Mas se agirmos agora, poderemos impedir que
o Serengeti seja sacrificado.
Da última vez que essa empresa tirou o povo
Maasai de suas terras para dar lugar aos caçadores ricos, muitas pessoas foram espancadas pela polícia,
colocaram fogo em suas casas e o gado morreu de fome. Mas, logo em seguida, depois de um escândalo na
mídia, o presidente mudou de opinião e devolveu a terra para os Maasai. Dessa
vez, ainda não houve nenhum escândalo na mídia, mas se juntarmos nossas vozes
agora, poderemos mudar isso e fazer com que Jakaya Kikwete impeça o acordo.
Se 150.000 de nós assinarem a petição, os meios de comunicação na Tanzânia e em todo o mundo
serão alertados e o presidente Kikwete receberá a mensagem necessária para
repensar esse acordo funesto. Assine
a petição agora e envie para todos:
Os Maasai são pastores semi-nômades que viveram
na Tanzânia e no Quênia, durante séculos, desempenhando um papel fundamental na
preservação do delicado ecossistema ali presente. Mas para as famílias reais
dos Emirados Árabes Unidos, eles são um obstáculo para seus luxuosos retiros de
caça de animais. Um acordo para
expulsar os Maasai, abrindo o caminho para os ricos caçadores estrangeiros é
ruim não só para a vida selvagem, como também para as comunidades que serão
destruídas. Enquanto o presidente
Kikwete diz a elites locais que vender suas terras nesse acordo é algo bom para
o desenvolvimento, a maioria das pessoas só quer manter suas terras, as quais
podem ser desapropriadas pelo presidente por meio de um decreto.
O presidente Kikwete sabe que esse acordo
seria prejudicial para o turismo da Tanzânia – uma fonte importante de renda nacional – e, portanto, está tentando escondê-lo do público. Em 2009, uma tentativa de desapropriação de terra
semelhante para os reis e príncipes, executada pela mesma empresa que está
tentando angariar as terras agora, gerou uma cobertura mundial da mídia e a
situação foi revertida. Sabemos que a pressão pode funcionar se conseguirmos
criar o mesmo nível de atenção agora.
Uma petição assinada por milhares de pessoas
pode forçar todos os principais escritórios de agências de notícias globais na
África Oriental e na Tanzânia a trazer esse negócio polêmico à tona. Assine agora para exigir que Kikwete impeça esse
negócio:
Representantes da comunidade Maasai apelaram
hoje com urgência para a Avaaz pedindo que soássemos o alarme global para
salvar a terra deles. Diversas vezes, a impressionante resposta desta incrível
comunidade transforma causas aparentemente perdidas em legados que duram uma
vida. Vamos proteger o povo Maasai e deixar a fauna para os turistas que
queiram levar do Serengeti apenas fotografias e não os cadáveres de animais.
Com esperança e determinação,
Sam, Meredith, Luis, Aldine, Diego, Ricken e
toda a equipe da Avaaz
Mais informações (em inglês):
The Guardian: “O turismo é a nossa maldição”
News Internationalist Magazine: “Maasai sendo
caçados”
Sociedade dos Povos Ameaçados: Relatório sobre a
remoção dos Maasai oriundos de Loliondo
FEMACT: Relatório feito por 16 pesquisadores de
direiots humanos e mídia sobre a violência em Loliondo
Vozes de Loliondo: Curta-metragem da vila de
Loliondo sobre o impacto da remoção nos Maasai