Finalmente a Guiné-Bissau volta a
ser visitada por uma figura de peso em África e no mundo. A família real
marroquina preserva um regime monárquico respeitado, nos quatro cantos do
planeta. Soube-se pela voz e comunicação na RTGB, do ministro do MNECIC, Mário
Lopes da Rosa, que “Sa Majesté Mohammed VI” chegará na próxima
quarta-feira, 27 do corrente mês, numa visita que durará 4 dias. Houve também
um apelo à população, para receber e saudar o Rei, ocupando as faixas da
avenida que se estende do Aeroporto O.V. até ao palácio da República.
Bissau, portanto, irá parar nos
próximos dias. Já se sabe que sua majestade o Rei irá ocupar os aposentos do
Palácio. Dia e noite vêm-se homens à trabalhar fazendo obras tanto no
exterior, como no interior do edifício. A praça em frente, também está a ser
completamente remodelada, como a capa do Blog mostra, sabe-se que as palmeiras
e toda a ornamentação da nova praça vieram directamente do reino dos
marroquinos, aliás toda a restauração que está a ser feita, conta com o apoio financiamento
dos nossos irmãos magrebinos. Conta-se que durante a semana que se passou,
aterraram mais de 10 voos vindos das terras da sua majestade. No bairro d’ Ajuda,
junto a grande Mesquita encostada à avenida principal, montou-se várias tendas
que a partir de amanhã servirão de postos de saúde para várias especialidades
médicas.
Logo pela manhã, cruzei com um
médico marroquino, no corredor do Hotel onde estou hospedado. Estava com cara, de poucos
amigos! Desabafou que não estava a gostar nada do corre-corre do pessoal protocolar.
Andaram vários hotéis, não gostaram de nenhum que lhes mostraram ontem. Exaustos,
decidiram pernoitar no que apresentava melhores condições. Sabia, que iriam mudar
mais uma vez de hotel e, esperava que fosse a última. Realmente, o pessoal da
hotelaria de Bissau tiraram dúvidas (se algum dia existiu) do quanto é pouco,
os serviços existentes na capital. Ocupou-se pisos da inacabada Líbia Hotel, o
prédio mais desfigurado da praça, está iluminada e mandou-se buscar leitos na
vizinha Gâmbia. Está-se a ocupar todas as casas por alugar em Bissau, isto
porque conta-se que com o monarca marroquino estarão, cerca de três centenas de
súbditos. Para variar, está tudo a ser feito, à última hora, típico, da nossa
memória genética.
Os “klakeros” de costume, já começaram a
agourar e especular em Bissau que, esta visita será o contrapeso da presidência em
relação a popularidade da “mesa redonda” da primatura, para depois se avançar para o confronto direto, criaando assim espaços para a crise política, procurado por muitos. Outros até vão mais longe dizendo que,
depois da visita do Rei, haverá algo, embora não especificam, o quê?
Sem olhar para toda essa politiquice caseira, sabe-se que o Rei virá para incrementar uma nova dinâmica na relação entre os dois Estados. Sabe-se e bem da relação de irmandade existente entre os dois países, a história da luta pela Liberdade do povo guineense tem uma dívida impagável ao povo marroquino.
Sem olhar para toda essa politiquice caseira, sabe-se que o Rei virá para incrementar uma nova dinâmica na relação entre os dois Estados. Sabe-se e bem da relação de irmandade existente entre os dois países, a história da luta pela Liberdade do povo guineense tem uma dívida impagável ao povo marroquino.
O Turismo, Agricultura e às Pescas
figuraram, como temas centrais dos prováveis acordos bilaterais. A viva voz
sabe-se que o turismo será, sem dúvida, o pano de fundo da visita, fala-se que Marrocos
irá ajudar o país a pagar as cotas em atraso na Organização Mundial do Turismo, e contará
em troca com o voto guineense, na candidatura marroquina para a liderança desta
organização. E o resto? O resto como sempre será (é) conversa, tanto assim que só
haverá perda de foco nesta grande visita se, a má-lingua falar mais alto, e vencer
mais uma vez, em Bissau.