Pe. Domingos da Fonseca
Fonte: Voz da
América
Comissão Nacional é
liderada pelo vigário-geral da diocese de Bafatá.
Um ano após o
regresso da Guiné-Bissau à normalidade constitucional, o país prepara agora uma
conferência nacional de reconciliação. Uma iniciativa da qual se espera
transparência e responsabilização, antes de se cicatrizar as feridas de um país
com um longo historial de instabilidade.
A comissão
organizadora da conferência é integrada por 32 personalidades, entre
académicos, membros de organizações da sociedade civil, dirigentes políticos e
religiosos e juristas. Nas ruas, os cidadãos revelam uma enorme expectativa
quanto ao trabalho desta comissão e da conferência nacional.
Eliseu Aguinaldo da
Silva aplaude a iniciativa, mas espera que não seja uma reconciliação de
fachada. Primeiro, quer conhecer os culpados para depois falar de uma eventual
amnistia e reconciliação.
Na mesma linha,
Januário Jaló, que há nove anos estava fora do país, diz ter acompanhado no
Brasil e no Reino Unido “amargamente os acontecimentos violentos que marcaram a
terra que o viu nascer, através da imprensa". Por isso concorda com a iniciativa
e augura um futuro melhor para a Guiné-Bissau.
A Comissão Nacional
para a Preparação da Conferência de Reconciliação na Guiné-Bissau é liderada
por Domingos da Fonseca, vigário-geral da diocese de Bafatá, no leste do país,
igualmente padre da Igreja de Buba, no sul da Guiné-Bissau, que já apontou a
promoção da paz como o seu principal objectivo.
Há 100 dias
atrás a notícia sobre a mesma Comissão era esta…
Fonte: Lusa
Adiamento da
comissão "Reconciliação da G-Bissau"
A posse dos novos membros da comissão
organizadora da Conferência Nacional para Consolidação da Paz da Guiné-Bissau,
estrutura criada pela Assembleia Nacional Popular (ANP), foi hoje adiada sem
data, disse à Lusa fonte da organização.
A presidência da comissão vai ser entregue a José Lampra Cá, bispo auxiliar
da Diocese de Bissau, e o adiamento deve-se ao facto de o prelado aguardar por
uma comunicação da hierarquia da Igreja, no Vaticano, relativamente ao
desempenho das funções, referiu a mesma fonte.
O bispo auxiliar foi escolhido pelos pares da comissão, depois de traçado o
perfil de “personalidade apartidária e de reconhecida idoneidade” para a
presidência, e será acompanhado por dois vice-presidentes dos dois partidos
mais representativos da sociedade guineense, PAIGC e PRS.
Cardeal
João Braz de Aviz
Ordidjanotando
Aproveito para felicitar ao Pe. Domingos da Fonseca, pela nomeação para liderar à Comissão. Desejo-lhe sucessos nesta espléndida missão. O Pe.Domingos, foi o segundo sacerdote de
nacionalidade guineense, ordenado padre depois da independência. Poucos anos depois da ordenação do atual Bispo de Bissau, Dom. José
Camnaté, que foi o primeiro sacerdote “fidju di terra” do período pós-colonial, como
diria o Pe. Vicente. Estudioso Pe Domingos é um Teólogo com preferência e
queda para estudos, no campo da Antropologia. Tem vários estudos e pesquisas etnográficos
sobre os Brames (como ele gosta de chamar os mancanhes), e é conhecido entre os
crentes como um padre com homilias cativantes e bem estruturadas sobre a sociedade
guineense. Sempre falou o que pensa, e foi realmente uma boa escolha para
liderar a Comissão Nacional para a Preparação da Conferência de Reconciliação na
Guiné-Bissau.
Trago na memória até hoje, uma palestra que assisti do Pe. Domingos da Fonseca há uns anos atrás, no INEP, em que o tema era algo relacionado com a origem da etnia
Mancanhe na Guiné. Ele utilizou duas explicações. Uma histórica e outra mitológica.
Foi giro. À par da questão, de ter partilhado com Pe. Domingos da Fonseca a
mesma casa, na Cúria Diocesana em 2006, naquilo que é hoje a sede da Rádio Sol
Mansi (RSM) em Bissau, encontrei-me com ele em Fevereiro deste ano em Buba,
onde pude constatar que continua sendo o
mesmo. Sou da opinião que é o padre mais frontal, entre os sacerdotes da terra.
Lembrei-me agora das palavras do Cardeal
João Braz de Aviz, que é o Prefeito da Sagrada Congregação para os
Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, depois de um
encontro na semana passada com o Presidente Mário Vaz, enaltecendo “O presidente me informou que existe uma
relação harmoniosa em todas as etnias e religiões na Guiné-Bissau, e isso
encheu o meu coração de alegria porque é uma forma de pensar moderno,”
Como
perguntar não ofende, apetitou perguntar: Quando
teremos “uma relação harmoniosa” na política e no PAIGC na Guiné?
Talvez
quando chegarmos a modernidade…Ou sim ou não
Fui...