quarta-feira, 20 de maio de 2015

Sobre a mesma notícia…



Pe. Domingos da Fonseca


Comissão Nacional é liderada pelo vigário-geral da diocese de Bafatá.

Um ano após o regresso da Guiné-Bissau à normalidade constitucional, o país prepara agora uma  conferência nacional de reconciliação. Uma iniciativa da qual se espera transparência e responsabilização, antes de se cicatrizar as feridas de um país com um longo historial de instabilidade.

A comissão organizadora da conferência é integrada por 32 personalidades, entre académicos, membros de organizações da sociedade civil, dirigentes políticos e religiosos e juristas. Nas ruas, os cidadãos revelam uma enorme expectativa quanto ao trabalho desta comissão e da conferência nacional.

Eliseu Aguinaldo da Silva aplaude a iniciativa, mas espera que não seja uma reconciliação de fachada. Primeiro, quer conhecer os culpados para depois falar de uma eventual amnistia e reconciliação.

Na mesma linha, Januário Jaló, que há nove anos estava fora do país, diz ter acompanhado no Brasil e no Reino Unido “amargamente os acontecimentos violentos que marcaram a terra que o viu nascer, através da imprensa". Por isso concorda com a iniciativa e augura um futuro melhor para a Guiné-Bissau.

A Comissão Nacional para a Preparação da Conferência de Reconciliação na Guiné-Bissau é liderada por Domingos da Fonseca, vigário-geral da diocese de Bafatá, no leste do país, igualmente padre da Igreja de Buba, no sul da Guiné-Bissau, que já apontou a promoção da paz como o seu principal objectivo.

Há 100 dias atrás a notícia sobre a mesma Comissão era esta…

Fonte: Lusa

Adiamento da comissão "Reconciliação da G-Bissau"

A posse dos novos membros da comissão organizadora da Conferência Nacional para Consolidação da Paz da Guiné-Bissau, estrutura criada pela Assembleia Nacional Popular (ANP), foi hoje adiada sem data, disse à Lusa fonte da organização.

A presidência da comissão vai ser entregue a José Lampra Cá, bispo auxiliar da Diocese de Bissau, e o adiamento deve-se ao facto de o prelado aguardar por uma comunicação da hierarquia da Igreja, no Vaticano, relativamente ao desempenho das funções, referiu a mesma fonte.

O bispo auxiliar foi escolhido pelos pares da comissão, depois de traçado o perfil de “personalidade apartidária e de reconhecida idoneidade” para a presidência, e será acompanhado por dois vice-presidentes dos dois partidos mais representativos da sociedade guineense, PAIGC e PRS.

Cardeal João Braz de Aviz

Ordidjanotando

Aproveito para felicitar ao Pe. Domingos da Fonseca, pela nomeação para liderar à Comissão. Desejo-lhe sucessos nesta espléndida missão. O Pe.Domingos, foi o segundo sacerdote de nacionalidade guineense, ordenado padre depois da independência. Poucos anos depois da ordenação do atual Bispo de Bissau,  Dom. José Camnaté, que foi o primeiro sacerdote “fidju di terra” do período pós-colonial, como diria o Pe. Vicente. Estudioso Pe Domingos é um Teólogo com preferência e queda para estudos, no campo da Antropologia. Tem vários estudos e pesquisas etnográficos sobre os Brames (como ele gosta de chamar os mancanhes), e é conhecido entre os crentes como um padre com homilias cativantes e bem estruturadas sobre a sociedade guineense. Sempre falou o que pensa, e foi realmente uma boa escolha para liderar a Comissão Nacional para a Preparação da Conferência de Reconciliação na Guiné-Bissau.   

Trago na memória até hoje, uma palestra que assisti do Pe. Domingos da Fonseca há uns anos atrás, no INEP, em que o tema era algo relacionado com a origem da etnia Mancanhe na Guiné. Ele utilizou duas explicações. Uma histórica e outra mitológica. Foi giro. À par da questão, de ter partilhado com Pe. Domingos da Fonseca a mesma casa, na Cúria Diocesana em 2006, naquilo que é hoje a sede da Rádio Sol Mansi (RSM) em Bissau, encontrei-me com ele em Fevereiro deste ano em Buba, onde pude constatar que continua  sendo o mesmo. Sou da opinião que é o padre mais frontal, entre os sacerdotes da terra.

Lembrei-me agora das palavras do Cardeal João Braz de Aviz, que é o Prefeito da Sagrada Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, depois de um encontro na semana passada com o Presidente Mário Vaz, enaltecendo  “O presidente me informou que existe uma relação harmoniosa em todas as etnias e religiões na Guiné-Bissau, e isso encheu o meu coração de alegria porque é uma forma de pensar moderno,”

Como perguntar não ofende, apetitou perguntar: Quando teremos “uma relação harmoniosa” na política e no PAIGC na Guiné? 

Talvez quando chegarmos a modernidade…Ou sim ou não

Fui...