Fonte: LUSA (Macau, China 12/11/2010 11:54)
Um Presidente da República, quatro chefes de Governo e dezenas de outros governantes e diplomatas participam no fim-de-semana em Macau na maior reunião politica realizada no território, sob o lema “cooperação diversificada” e “desenvolvimento harmonioso”.
É a 3ª conferência ministerial do Fórum Macau para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, mas desta vez, com a inédita presença do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e dos seus homólogos da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, Moçambique, Aires Ali, e de Portugal, José Sócrates, bem como do presidente timorense, Ramos Horta.
“Nunca se viu aqui tantos primeiros-ministros”, disse um jornalista português radicado há mais de duas décadas em Macau. Um diplomata africano que tem acompanhado a evolução do Fórum qualificou a conferência do próximo fim-de-semana como “um grande salto em relação à última reunião (há 4 anos)”, que “mostra a disposição da China de elevar o fórum para um patamar mais alto”.
Entre as novidades já antecipadas pelos anfitriões figura a criação de um fundo de 145 milhões de euros para apoiar os países lusófonos em vias de desenvolvimento, com uma participação de Macau avaliada em 400 milhões de patacas (36 milhões de euros).
A conferência decorrerá num novo complexo desportivo da ilha da Taipa, sob a presidência do ministro chinês do Comércio, Chen Deming. Cabo Verde estará representado pelo “número dois” do governo, o ministro de Estado Manuel Inocêncio Sousa, Angola enviou o ministro da Economia, Abraão Pio dos Santos Gourgel, e do Brasil virá o sub-secretário geral de Assuntos Económicos do Brasil, Pedro Luiz Carneiro de Mendonça.
A reunião ilustra também o empenho do governo local na valorização de Macau como “um espaço único” dentro da China, um imenso país com dezenas de cidades com mais de um milhão de habitantes, o dobro da população daquela Região Administrativa Especial.
“A consagração do Português, a par do Chinês, como língua oficial, a presença fortemente enraizada de comunidades de língua portuguesa com importantes contributos para o desenvolvimento harmonioso da sociedade local e a tradição jurídica de matriz portuguesa fazem de Macau um lugar único na China”, disse o chefe do executivo, Chui Sai On.
Essa singularidade – acrescentou – faz também de Macau “uma plataforma privilegiada de acesso das empresas do Interior da China aos mercados lusófonos”.
Pelas contas chinesas, nos primeiros nove meses de 2010, o comércio entre a China e os Países de Língua Portuguesa aumentou 56,7 por cento em relação a igual período de 2009, para 68,22 mil milhões de dólares (48,43 mil milhões de euros).
Brasil e Angola são os maiores parceiros comerciais lusófonos da China e também os principais responsáveis pelo déficite chinês no âmbito do Fórum Macau, estimado em 25,17 milhões de dólares (18,37 milhões de euros).
O Fórum Macau foi criado em 2003, quatro anos depois do território ter sido integrado na República Popular da China, segundo a mesma formula adotada para Hong Kong: “um país, dois sistemas”.
Ilustração: parisvsnyc.blogsot.com
Nota & Informações
Às 9 horas do dia 11 de Novembro, o PM guineense Carlos Gomes Jr., (hora e data do post) de sexta-feira encontrava-se: em "Lisboa à caminho de Paris", com destino à China (retifico aqui o destino) nomeadamente Macau. Agradeço o comentário da leitora Carlas Gomes Esteves, o reparo foi levado em considerção.
Hoje 6 horas do dia 13 de Novembro, sábado, o PM guineense está em Macau, e faz parte dos 4 chefes de governo, que estão a participar no Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Que se realiza nessa ilha chinesa, entre os dias 13 e 14 de Novembro.
Aliás à ilustração deste post, é da “semifusa”, de um blog que compara os horários entre - Paris vs Nova Iorque. Aqui, Ordidjar é unir, e esperamos assim continuar a noticiar!
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