quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Bem-haja! Existe alguém de peso que defende o homem da WikiLeaks!

Lula presta solidariedade a fundador do WikiLeaks preso
09 de dezembro de 2010

Fonte: Terra
Luciana Cobucci

Lula defende dono do WikiLeaks durante discurso do PAC

Em discurso no evento de balanço de quatro anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou solidariedade ao fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange. Lula se disse espantado por "não haver nenhuma manifestação" contra a prisão do australiano, acusado de agressão sexual a duas mulheres, e contra as retaliações que tem sofrido após a divulgação de documentos secretos de diplomatas americanos.

"Em vez de culpar quem divulgou, deve se culpar quem escreveu. Então eu presto minha solidariedade ao fundador do WikiLeaks", afirmou Lula, que ainda criticou a imprensa por não defender o direito de livre expressão de Assange. "O rapaz do WikiLeaks foi preso e eu não estou vendo nenhum protesto contra a ameaça à liberdade de expressão", disse.

Lula é o primeiro líder internacional a se manifestar de forma veemente contra a prisão de Assange. O presidente deu a entender que, apesar de Assange ser acusado de estupro na Suécia, sua prisão está relacionada à divulgação de dados sigilosos dos Estados Unidos. "Aí aparece o tal de WikiLeaks, desnuda a diplomacia que parecia inatingível, a mais certa do mundo, e começa uma busca. Eu não sei se não colocaram cartazes como no faroeste, de 'Procura-se, vivo ou morto', mas prenderam o rapaz", afirmou.

Imprensa
Durante o evento, Lula comentou a relação da imprensa com seu governo ao longo dos oito anos de seus mandatos. "Nós resolvemos fazer uma coletiva a cada quatro meses (para divulgar os resultados do PAC). O governo (...) se desnudava diante da imprensa. Nunca houve censura, nunca houve pergunta proibida e nunca houve pergunta sem resposta. E, muitas vezes, as manchetes colocavam em dúvida o sucesso do PAC", disse.
"Eu tomei a decisão de não colocar prazo (para a conclusão das obras), porque se a gente erra por um dia, qual é a manchete? 'Lula fracassa'. 'Prometeu em um ano e entregou em um ano e um dia'", ironizou.

O presidente ainda fez um pedido para que os jornalistas viajassem pelo Brasil para ver o impacto de suas obras na qualidade de vida da população. "Eu queria que, quando eu deixasse a Presidência, a imprensa fizesse uma viagem que não fez durante o meu mandato. Que vocês fossem ao canal de São Francisco, que não fossem com olhar de jornalista, mas com olhar de brasileiro, para vocês perceberem o que significa aquela obra", sugeriu.

WikiLeaks
Assange, cujo site WikiLeaks está no centro de uma controvérsia mundial após ter divulgado documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, se apresentou na última terça-feira ao tribunal de Londres, no Reino Unido, onde se entregou às autoridades em cumprimento de uma ordem de prisão sueca por suposto estupro.

Segundo o jornal americano The New York Times, as acusações a Assange são baseadas em encontros sexuais com duas mulheres. As relações, que começaram consentidas pelas envolvidas, acabaram não consentidas quando Assenge não quis mais usar camisinha. A Suécia expediu o primeiro mandado de prisão para Assange em 18 de novembro, mas a ação foi invalidada por um erro processual. Um novo mandado foi emitido em 2 de dezembro.

O crime de que ele está sendo acusado é o menos grave de três categorias de estupro. A pena máxima prevista é de quatro anos na prisão. O WikiLeaks, que despertou a fúria de Washington com suas publicações, prometeu continuar com a divulgação dos 250 mil documentos secretos obtidos.
 WikiLeaks: Moçambique é rota fundamental do narcotráfico

Fonte: AFP

O narcotráfico tem uma base segura em Moçambique, rota da cocaína que chega do Brasil, do haxixe do Paquistão e da heroína produzida no Afeganistão, afirmam diplomatas americanos em correspondência divulgada pelo site WikiLeaks e publicada nessa quarta-feira pelo jornal Le Monde.

Após Guiné Bissau, Moçambique se tornou "a segunda praça africana mais ativa no trânsito de narcóticos", disse em 2009 o encarregado de negócios da embaixada americana em Maputo.
Moçambique "não é um completo narco-Estado corrupto, mas segue em uma direção inquietante", destaca o diplomata. Segundo o funcionário americano, a cocaína chega "por avião a Maputo procedente do Brasil", e o haxixe e a heroína vêm por via marítima de "Paquistão e Afeganistão".

As drogas alimentam o mercado sul-africano ou seguem para a Europa. O narcotráfico é baseado em duas grandes redes, lideradas pelos moçambicanos de origem asiática Mohamed Bachir Suleiman ("MBS") e Ghulam Rassul Moti, cujas atividades seriam impossíveis sem a cumplicidade do Estado.

"MBS tem laços diretos com o presidente Armando Guebuza e com o ex-presidente Joaquim Chissano", revela um telegrama diplomático de 28 de setembro de 2009 divulgado pelo WikiLeaks. "Suleiman contribuiu em grande parte para financiar a Frelimo (partido do governo) e ajudou significativamente nas campanhas eleitorais" de Guebuza e Chissano.
O diplomata americano explica que "a administração do porto de Nacala, célebre por permitir a passagem de droga procedente do sudeste asiático, foi entregue recentemente a Celso Correira, presidente executivo da Insitec, uma empresa de fachada de Guebuza".

 "Não matem o mensageiro por revelar verdades incómodas", diz Assange

Fonte: Expresso

Fundador do WikiLeaks pediu para "não matarem o mensageiro por revelar verdades incómodas", num artigo de opinião para o diário "The Australian", onde argumentou que o site "merece proteção, não ameaças e ataques. O fundador do WikiLeaks pediu hoje para "não matarem o mensageiro por revelar verdades incómodas", num artigo de opinião para o diário "The Australian ", onde argumentou que o "site" "merece proteção, não ameaças e ataques". 

No texto disponível na página eletrónica do diário australiano, escreveu que "o WikiLeaks não é o único a publicar os telegramas diplomáticos dos EUA", lembrando que estes estão a ser divulgados pelo "The Guardian" (Reino Unido), "El País" (Espanha), "Le Monde" (França), "Der Spiegler" (Alemanha) e "The New York Times" (EUA). 

Todavia, queixou-se, de o site ser vítima dos "mais brutais ataques e acusações do governo norte-americano e dos seus seguidores", de ele próprio ter sido acusado de "traição", de terem sido feitos vários pedidos para ele ser "abatido" e de até o bem estar do filho ter sido ameaçado. 

Jornais "velhos e grandes", site "novo e pequeno"

A razão, continuou, para ser o WikiLeaks o alvo das críticas é que, enquanto os outros jornais são "velhos e grandes", o site é "novo e pequeno". Assange acusou o governo australiano de não o defender para "tentar matar o mensageiro porque não quer a verdade revelada, incluindo informação sobre os seus acordos diplomáticos e políticos". 

No texto publicado hoje não são feitas referências à detenção de Assange em Londres, na sequência da emissão de um mandado de captura das autoridades suecas por agressões sexuais e violação. Mas explicou as origens do WikiLeaks, criado para revelar informação que as autoridades não desejam que seja publicada, usando "tecnologias da internet de novas formas para noticiar a verdade". 

"Jornalismo científico"

O resultado é o que chama de "jornalismo científico", em que os factos são noticiados por jornais mas cujos documentos originais estão disponíveis para o leitor ver e fazer o próprio juízo. "As sociedades democráticas precisam de meios de comunicação social fortes e o Wikileaks faz parte dessa comunicação social", argumentou, lembrando as revelações feitas sobre as guerras no Iraque, Afeganistão e corrupção nas empresas. Assange desmentiu que seja contra a guerra mas considerou que "não há nada mais errado do que um governo mentir sobre essas guerras".   

Direito de revelar a verdade 

Negando que, nos quatro anos de funcionamento, a vida de pessoas tenha sido posta em risco, como alegaram as autoridades norte-americanas, citou o Supremo Tribunal dos EUA, que terá afirmado que "só uma imprensa livre  e sem limites pode expor eficazmente a má fé do governo". "A atual tempestade em redor do WikiLeaks reforça a necessidade de defender o direito a toda a imprensa de revelar a verdade", concluiu.   


Nota Ordidja

O presidente brasileiro Lula da Silva, surpreende e vai surpreendendo, até na hora da partida falou hoje, e disse bem "Em vez de culpar quem divulgou, deve se culpar quem escreveu. Então eu presto minha solidariedade ao fundador do WikiLeaks"

Sobre as revelações do WikiLeaks em relação aos países africanos, a dias na facebook já tinha avisado que vem “chumbo grosso” e já agora apertem os cintos, ou tapem o nariz que os podres da política norte-americana, vão tresandar ainda mais!

Por isso pergunto:    

Porquê que os americanos estão a ser, e foram muito brandos em relação ao narcotráfico em Moçambique?

Porquê que sendo um Estado à Guiné-Bissau pode ser apelidada de narco-Estado e Moçambique não?

Qual o interesse que representa à Guiné-Bissau, e Moçambique para os americanos?

Quanto custa a relação com Moçambique e quanto custa a relação com à Guiné-Bissau, para a administração americana?

Qual o país africano ou do Mundo que pode meter a mão no fogo, sem se queimar em relação ao narcotráfico?

Porquê que à Guiné-Bissau é o “ Lubu ku kema kosta” e enxovalhado pelo Mundo e pelos próprios “filhos”

Guineenses cada vez mais, vale a pena pensarmos nestas questões e deixarmos às politiquices de lado!