sábado, 18 de dezembro de 2010

É outra vez Natal.


Crónica: Paula Lima

Alguns  festejam pura e simplesmente porque habituaram-se aos costumes de outrem, mesmo não conhecendo a historia e o significado dos festejos. Outros descobrem pela primeira vez o que é. Há os que já esqueceram o que é e porque existe este dia. Outros hão, que, remotamente, a vivem no seu todo, respeitando os ínfimos detalhes.

Quase todos sabem que a celebração encova uma natividade. Nesta fase, neste tempo, pretende-se celebrar a solidariedade, os afectos que ligam as pessoas, particularmente as famílias.

De diferentes maneiras, o objectivo é único: praticar, repartir, amor e generosidade. Sempre foi assim, em cada ano que passa, acaba por ser uma rotina, um ciclo que se cumpre, onde se desempenham as tarefas que por vezes, ignoramos meses a fio.

Juntamo-nos para comer, para beber mais do que o costume, para dar e receber prendas que, se espera, carreguem algum significado.  Porque é outra vez Natal, vamos todos fazer coisas que não fazemos no resto do ano, acreditando mais do que nunca, excitados e expectantes que, os dias especiais fazem a diferença. Outros, que não são poucos, preparam-se com naturalidade e tranquilidade, pois no fundo, não passa duma data comercial onde consumir é a palavra de ordem.

Porque é outra vez Natal, uma data com a sua história, vamos pensar em coisas que não pensamos no resto do ano. Pensar nos que já partiram, nos que nasceram, nos que envelheceram, nos que não vemos há muito tempo; vamos pensar nos pobrezinhos, nos doentes, nas guerras, nas pessoas abandonadas. Vamos sentir tudo o que pudermos sentir, o que provavelmente tem pouco a ver com o Natal, mas mais com o que somos como pessoas o ano inteiro.

Seja como for, corra bem ou mal, temos pela frente mais um Natal. E no meio de tantas preocupações, indecisão por isto ou aquilo, euforia e excitação; no meio de tantas compras, tudo em nome de um só dia, acabamos muitas vezes por chegar às conclusões frustrantes e ridículas. Remetemo-nos em questão. Valeu a pena? "Afinal tudo o que fiz de bom neste período, não custa muito, porque não pensar e praticar as boas coisas todos os dias do ano?"

Somos os mesmos, mais ou menos tristes, mais ou menos pobres...nostálgicos, pessimistas, optimistas...Tudo continua igual. Para o ano haverá outro e assim sucessivamente,   todos os anos da nossa vida, pelo que podemos sempre ter a esperança que ainda há tempo para Natais tão especiais como aqueles que, alguns de nós, tiveram na infância, só na infância.

Deixo aqui os meus votos de Boas Festas a todos os leitores do Ordidja.

As vésperas do Novo Ano aceitem, os meus desejos de que 2011 seja melhor que o que esta preste a findar. Paz e harmonia. Mais saúde, sorrisos e alegrias. Que a esperança seja enfim um sentimento acessível a todos nós.  

Nota Ordidja

Precisamente hoje, desde que acordei, estive a pensar que provavelmente estava na altura de redigir um texto ou uma pequena nota, de Boas Festas, para tod@s os leitor@s da Ordidja.

Fui deixando passar o tempo, fazendo outras actividades sem me aproximar do computador, muito menos conectar-me à Net. Depois de perder essa sensação, decidi, definitivamente sentar-me para tentar ordidjar algo. Não é que cai-me em mãos, ou melhor cai no meu mail, este lindo e profundo texto duma leitora e seguidora atenta deste Blog.

Resta-me apenas manifestar o sincero agradecimento a Paula Lima, por esta maradura, que veio mesmo a calhar, provando que não há coincidência. Tanto assim, que fica como os votos da Ordidja, para todos os leitores, que não nos têm largado nestes dois meses. Lindo texto para lerem e refletirem, nestes dias do Advento, que antecedem, o nascimento do SALVADOR!

Santo Natal e um Próspero 2011 para todos.