Ernesto Dabo
Em jeito de saudação ao nosso final feliz eleitoral.
Outro
Ao berço do dia
entreguei o sonho presente
de todos mais
em vaivém dolente–quente
fazer-desfazer
com gente
todo o crescer-dizer
sem dar poente
A correr pela ponte
quero chegar a infinito horizonte
noutra historia da terra
nua de guerra
Conhecer outro plantar
outro colher
outro repartir
Sentir outro país nosso sorrir
embalado pelo berço-mundo
Ernesto Dabo
Ordidjanotando
Tirado da página do facebook do mais-velho, Ernesto Dabo, e num puro copianço, ao comentário da mais-velha, Nanda Barros, também acredito nesse “novo começo” e ouso partilhar a minha opinião sobre os sentimentos nobres, que se tem lido, escrito, afirmado e sentido mais, neste momento, intra e entre os guineenses, os amigos, os conhecidos e os “especialistas” sobre a terra que nos é comum, enquanto cidadãos do mundo.
O espírito do momento é novo e, trás a nova esperança focada pelo Eldmir Faria aqui neste mural, abraçada, ao firmar de cada passo legitimado pelo voto popular, relembrado pelo Ricardo Rosa, e ao novo acreditar, timbrado pelo Iaia Turé, ou seja, repiscando sempre os artigos do Gorky Medina, fomos seguindo este “novo começo” que se fez e se publicou neste espaço, independentemente do ruído criado a volta de um processo, por sinal em segredo de justiça, maldosamente escarrapachado no NET nosso, de cada dia. Também evitamos mencionar situações menos esclarecedoras sobre muitos assuntos que os “politiqueiros” como djô, gostam de venerar e se fazer mostrar, escrevendo e opinando toda à hora, durante todo o processo eleitoral.
Reza a lenda das eleições guineenses, de que nunca houve um verdadeiro vencedor. Existe e existiu sempre o vencedor de “Bás di pé di mangu” e o vencedor oficial, reconhecido por autoridades internacionais, muitas delas insuspeitas. Partilho da opinião de que a única via de ultrapassarmos isso é fazer funcionar a JUSTIÇA, como o “belo” mecanismo de sanear todos os conflitos entre os seres humanos. Simples!!! Estou convicto e creio nesse novo acreditar, de uma Guiné-Bissau para frente, inspirado no mais puro, dos sentimentos do acreditar (que nem fizeram os brasileiros, com o slogan, “Brasil para Frente” que impulsionou a criação de cidades como Brasília, onde me encontro e constato com o latente espaço de prova irrefutável da força do pensamento), guiada por ações positivas da boa governança.
Não troco este “novo começo” (que me fez lembrar também a cantora norte-americana Tracy Chapman), que a nossa pátria vive, com nenhum outro que se viveu, ou escutei falar que se viveu, em toda à HISTÒRIA (estória) da Guiné. Atores novos, guiões inovados, cenários reinventados, condutas renovadas, posturas restabelecidas, planos refeitos, momentos reconstruídos, nacionalismos retemperados, pátrios repensados e porque não identidades renovadas da guinendade una e indivisível. "Penso eu de que..." é só isso, o que se pede aos novos GOVERNANTES. Por uma Guiné-Bissau com PAZ, ESTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO para que possamos todos “Sentir outro país nosso sorrir/embalado pelo berço-mundo” que nos fala o mais-velho Ernesto Dabo.
Bom fim-de-semana...