sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

E não é que saiu mesmo

Opinião

Depois de ter acompanhado durante a noite de ontem as notícias que davam conta que Mubarak estava em estado de agonia política, depois da tremenda reação popular, provocado pelo discurso mais ridículo da estória do Egito, fiquei com a leve sensação que o único caminho e o desfecho seria, RUA, entenda-se FORA DAQUI.

Hoje fechei os olhos e imaginei Mubarak, fechado em si, com a decisão mais penosa por tomar, durante estes 31 anos que esteve no poder. E na minha imaginação, vi um Mubarak triste, acabado e ao ver-se ao espelho, limitou-se a acenar afirmativamente com a cabeça.

Estava tudo acabado, perdeu. Agoniado e tomado por um misto de negação e tentativa desesperada de encontrar a razão, Mubarak, era um homem sem forças para lutar. Afinal tratava-se de alguém que acabara de ser atingido pela força da Revolução. Desolado deixou que uma lágrima descesse pelo rosto, marcado pelo sangue de muitas mortes e de muitos horrores. Na minha imaginação Mubarak afundou-se relutante e disse; - pronto, acabou, só resta fugir…

Quando a força da União de um Povo avança, não existe Ben Ali, Mubarak ou Cadafi que segure. A fuga de Mubarak, foi mais uma vitória do poder popular e da determinação genuína da vontade de Mudar. Mais uma Revolução histórica para juntar ao panteão das grandes conquistas africanas.

Falta agora este vento da Revolução, rumar para outras paragens como à Líbia, Argélia, Angola e todos os cantos do mundo onde ainda sobrevivem regimes autoritário e opressores. Em frente marche!!!