Navios de Guerra português
Fonte: Expresso
Mais de 500 militares, quatro navios e dois aviões. Foi este o contingente
destacado durante mais de três
semanas pelo Ministério
da Defesa para evacuar
portugueses da Guiné-Bissau, se
fosse necessário.
Os quatro navios da Marinha e o avião P3-Orion da Força Aérea
enviados para a Guiné-Bissau em abril, e que deverão regressar a Lisboa até ao
final da semana, custaram ao Estado português mais de dois milhões de euros,
estimou o Expresso com base em informação recolhida junto de fontes militares. Só
os mais de 500 militares que integram a componente naval da Força de Reação
Imediata (FRI), que zarpou do Alfeite a 15 e 18 de abril, custam diariamente 14
mil euros em subsídios de embarque e mais 2700 euros em alimentação.
A missão, que tinha como principal objetivo resgatar
portugueses radicados na Guiné-Bissau, na sequência do Golpe de Estado de 12 de
abril, durou 25 dias, isto é, 417.500 euros em subsídios de embarque e
alimentação. Mas ainda há que somar o custo com combustível. A navegar à
velocidade de cruzeiro, as fragatas "Vasco da Gama" e
"Bartolomeu Dias", bem como a corveta "Baptista de Andrade"
e o navio reabastecedor "Berrio", custam 310 mil euros por dia.
Os custos com combustível descem consideravelmente consoante
os navios se encontrem fundeados (40 mil euros por dia) ou atracados (21 mil
euros por dia). Note-se que, mesmo amarrados ao cais, as unidades geradoras que
fornecem energia ao navio, não podem ser desligadas. Com base nestes números e
sabendo que, consoante a condições meteorológicas, é preciso contar com quatro
a cinco dias de mar entre a Base Naval de Lisboa e as costas da Guiné, é
possível estimar a viagem dos quatro navios, de Lisboa à Guiné-Bissau e volta,
em mais de um milhão de euros.
O Expresso tentou saber mais detalhes sobre o dia-a-dia da
frota da Armada nos mares do sul junto do Gabinete do Chefe de Estado-Maior
General das Forças Armadas, responsável pela FRI, mas tal informação foi
recusada. Assim sendo, o custo total da componente naval poderá oscilar entre
1,7 e 2,1 milhões de euros, conforme os navios estivessem durante os 17 dias de
permanência nos mares do sul atracados em Cabo Verde ou fundeados ao largo da
Guiné.
No entanto, o Expresso sabe que na sexta-feira, dia 4 de
maio, a corveta "Baptista de Andrade", onde seguiam os fuzileiros,
estava atracada ao final da tarde na Cidade da Praia, Cabo Verde, tendo a
"Vasco da Gama" zarpado desse porto pela 13 horas locais (menos duas
em Lisboa).
"As contas serão feitas no final"
Além dos quatro navios, a Força de Reação Imediata que o
ministro da Defesa e os quatro chefes militares decidiram enviar para a Guiné,
no dia seguinte ao Golpe de Estado, incluiu ainda um avião P3-Orion e um
Hércules C-130. A fragata "Vasco da Gama“, onde seguiu o comandante da componente naval,
o capitão-de-mar-e-guerra Salvado Figueiredo, a corveta "Baptista de Andrade“ e o navio reabastecedor "Berrio " zarparam do Alfeite no domingo, 15 de
abril. Três dias depois, a 18 de abril, foi a vez da fragata "Bartolomeu Dias " seguir viagem por se ter entendido
que o comandante da FRI, o também capitão-de-mar-e-guerra, Novo Palma, deveria
acompanhar a missão in loco. O P3-Orion descolou de Beja, dia 16, rumo ao Aeroporto
Internacional Amílcar Cabral, na Ilha do Sal, Cabo Verde. Nesse mesmo dia
descolou do Montijo um Hercules C-130, com diverso equipamento de apoio e os
membros da manutenção, tendo a aeronave regressado de imediato a Portugal.
A hora de voo do P3 rondará os sete mil euros e a Base Aérea
n.º 11, em Beja, está a cerca de três horas de voo da Ilha do Sal. Ida e volta
o voo fica em 42 mil euros aos quais ainda será preciso somar os custos de
alojamento da tripulação e pessoal de manutenção. Desde 19 de abril que as
fronteiras aéreas e terrestres da Guiné-Bissau estão abertas. A TAP realizou o
primeiro voo para Bissau no dia 23 de abril.
O Expresso procurou saber junto do Ministério da Defesa
quanto custava diariamente a Força de Intervenção Rápida destacada para a
Guiné, mas fonte oficial do gabinete de Aguiar Branco, citando o próprio
ministro, limitou-se a dizer que "há um momento para agir e outro para
fazer as contas" e que "as contas serão feitas no final". Os
valores referidos pecam seguramente por defeito visto que não estão
contabilizados, entre outros itens, a viagem de ida e volta já realizada pelo
C-130 e aquela que ainda terá de fazer para recolher o equipamento e os
técnicos de manutenção do P3 destacados no Sal. Também não foi possível apurar
o número de horas de voo realizadas pelo P3-Orion durante esta missão.
Submarino
Ordidja-notando
Com um país em crise, num estado de quase bancarrota, com
medidas de autoridade a suprimir abonos das crianças, redução na aposentadoria dos
idosos, cortes drásticos nas subvenções dos medicamentos, cortes salariais,
cortes nos subsídios de desemprego e férias, corte no décimo terceiro mês etc,
etc, dar-se ao luxo de gastar milhões numa operação patética é condenável.
Espero que o Povo português acorde e, exija demissão dos responsáveis
por esta estapafúrdia missão que só prejuízo causou. Espero, sobretudo, que sejam
exigidas explicações ao “Senhor da Guerra” o MNE Paulo Portas!!! Com muita pena
nesta missão não utilizaram os submaniros velhos que o Portas comprou, num
negócio que todos sabem que foi corrupto e lastimável!!!
E permitam leitores que discorde totalmente com o lead deste
artigo do Jornal Expresso. Porque não
foi o Golpe na Guiné que custou milhões
de euros a Portugal, mas sim a precipitação do governo da direita e decisões
políticas imbecis. Isso sim foi à razão do prejuízo aos cofres do Estado
português. Que poderia ser maior se utilizassem os submarinos! Estupidez tem
limites e normalmente paga-se caro!!!