Por: Abílio Ferreira(Expresso)
Artigo publicado no Politico refere
que a classe média angolana "fez de Lisboa o seu recreio durante a última
década, desfrutando de gastos excessivos nas boutiques de gama alta da Avenida
da Liberdade". Portugal
"está a tornar-se uma colónia financeira do petróleo angolano e Lisboa uma
plataforma para a classe alta angolana em ascensão", escreve o diário
digital Politico na sua edição desta terça-feira.
O artigo,
da autoria de Paul Ames, é dedicado em grande parte à atividade empresarial de
Isabel dos Santos, 41 anos. A empresária "está a liderar um movimento de
investidores angolanos que injetam dinheiro no seu ex-governante
imperial", escreve o influente site. Angola "é
o único pais africano onde o investimento no exterior supera o investimento que
atrai de investidores estrangeiros". E o diário exemplifica. Entre 2010 e
1014, o investimento angolano em Portugal subiu de 645 milhões de euros para
1,53 mil milhões, de acordo com o Banco de Portugal.
O
palco de Lisboa
A classe média
emergente de Angola "tem feito de Lisboa o seu palco preferido,
desfrutando de gastos excessivos nas boutiques de gama alta da Avenida da
Liberdade", escreve o Político. Ao mesmo tempo,
"dezenas de milhares de portugueses" rumam a Angola, "em busca
de uma saída da austeridade e do desemprego", ocupando empregos
qualificados em Angola. O dinheiro angolano "tem inundado praticamente
todos os setores da economia portuguesa", apesar de o país estar a atrair
investimentos de outras origens.
O caso
dos vistos gold
O artigo cita o
caso chinês e ainda o efeito dos vistos gold para atrair investidores
estrangeiros, sem esquecer o recente escândalo que levou à detenção de
altos responsáveis e à demissão do ministro Miguel Macedo. Paul Ames
invoca os críticos que dizem que o programa dos
vistos "traduz uma abordagem para captar investimento a todo o
custo, permitindo ao governo de Luanda ganhar influência prejudicial em
Lisboa". O programa dos
vistos gold suscita muita atenção das autoridades europeias, preocupadas
"com o controlo da imigração e do crime organizado". Os críticos
dos vistos gold "dizem que o esforço reflete uma
abordagem para captar investimento a todo o custo e permitiu ao governo
de Angola ganhar uma "influência prejudicial" em Lisboa.
Pobreza
e corrupção
Segundo o FMI,
"a desigualdade em Angola está entre os piores em África e mais de metade
da população sobrevive com menos de 2 dólares por dia". E o país surge nos
últimos lugares, entre os 175 países analisados na percepção de corrupção,
pela Transparência Internacional, diz o Politico. As autoridades
portuguesas "são acusadas de fazer vista grossa à corrupção para
evitar a alienação de investidores perto de regime do Eduardo dos Santos",
permitindo que oligarcas angolanos gastem em Lisboa fortunas de origem
duvidosa".
A
resposta de Frasquilho
A retórica
oficial, acrescenta o artigo, "salienta os profundos laços históricos e
culturais entre os dois países" e destaca o papel de Angola como um
parceiro comercial - Angola é o quarto maior mercado de exportação de Portugal,
com vendas, em 2014, de 3,2 mil milhões de euros. "Angola é um dos
nossos maiores parceiros. Estamos abertos a investimentos em Portugal que criam
riqueza aqui, mas também que criem riqueza lá. Não fazemos distinção entre os
investidores com base na sua origem", respondeu Miguel Frasquilho,
presidente do AICEP, ao Politico.
O
movimento Isabel dos Santos
Mas, segundo o
diário digital, é Isabel dos Santos quem melhor simboliza o peso do
investimento angolano em Portugal. A empresária "pressiona em várias
frentes", defendo agora a fusão "dos dois maiores bancos
cotados". A operação fortaleceria a posição da empresária nos dois países.
Paulo Ames cita a Forbes, que avalia a fortuna de Isabel dos Santos em 3,4
mil milhões de dólares (3,1 mil milhões de euros), e as suas ofensivas sobre a
PT e para fundir o BPI/BCP, criando o maior banco português.
Além da
participação no BPI, Isabel dos Santos detém 42,5% do BIC Portugal
e participações significativas na Galp Energia e no grupo NOS, operador
de telecomunicações e media. Escreve Paul Ames: "Quando Isabel
dos Santos, mulher mais rica da África, fez uma rara aparição pública na
inauguração de uma exposição de arte no Porto, a imprensa
exultou". "Ela exalava classe, elegância e educação",
escreveu a Caras, uma revista de celebridades.
Na proposta de
fusão BPI/BCP, "criando um novo gigante financeiro em Portugal",
ressalta "a influência do capital angolano na economia portuguesa".
Da fusão resulta um banco com ativos de €124 mil milhões, que seria um ator
essencial "em Angola, Polónia e Moçambique, além de controlar 30% do
mercado português".
Ordidjanotando
Sabe-se que nos
últimos 10 anos os maiores compradores dos artigos de luxo em Portugal são
angolanos. A situação mudou definitivamente. Há muito tempo que não se vê a má
cara das vendedoras de algumas lojas de artigo de marca, quando se é negro e se
entra num Centro Comercial de Lisboa, e isso deve-se as despesas astronómicas
da elite angolana.
Definitivamente a
situação mudou, muito facilmente se vê cenas de filmes Americanos nos Shoppings
portugueses, tipo, uma senhora negra com um batalhão de brancos(a) atrás com
sacos da griffe.
Mundu rabida…