Cerveja made in Guiné-Bissau
Imperial prazeirosamente servida pelo Dr. Carlos Pinto Pereira(Caía para os chegados)
O dia acabou em Bissau-velho. Seis e meia da tarde, entre o silêncio das ruas e a partilha com os gatos do que resta de passeio do museu a céu aberto, vou caminhando. A movimentação na cidade velha de Bissau começa às 8 horas da manhã. Ás 4h da tarde nota-se o amainar da correria frenética e por volta das 5h, com o comércio praticamente fechado, não se vê praticamente ninguem pelas ruas.
Apetitou-me uma cerveja, e porque não beber no "café-café". Existem prazeres da vida que não se compram e muito menos se trocam. Estou com mais de 90 dias na Guiné. Os momentos têm sido regados com muita amizade, empatia, confiança e proximidade. Como os leitores deste moral sabem, sou contra as superficialidades no tratamento humano. Estou aqui de novo, com mil coisas para escrever e contar e, é claro que este modo de vida prima por um paradoxo. Por um lado expor publicamente o que passa pela minha cabeça na observação que faço dos lugares onde vou estando, e por outro procuro sempre que possível o anonimato e a descrição.
Apetitou-me uma cerveja, e porque não beber no "café-café". Existem prazeres da vida que não se compram e muito menos se trocam. Estou com mais de 90 dias na Guiné. Os momentos têm sido regados com muita amizade, empatia, confiança e proximidade. Como os leitores deste moral sabem, sou contra as superficialidades no tratamento humano. Estou aqui de novo, com mil coisas para escrever e contar e, é claro que este modo de vida prima por um paradoxo. Por um lado expor publicamente o que passa pela minha cabeça na observação que faço dos lugares onde vou estando, e por outro procuro sempre que possível o anonimato e a descrição.
Hotel no coração de Bissau-velho
À porta o pô-pô do Hidil
Depois de escutar muitos amigos a perguntarem " kê Ordidja dismadja nan???" trago algumas imagens (valem mil palavras) do meu dia-a-dia na Guiné. O Hotel onde estou hóspedado e onde sou gentilmente tratado, e o carro do meu amigo, companheiro e irmão Hidilberto Spencer à porta para as diligências que vou fazendo. "Gentileza gera gentileza". Seguem também imagens de algumas obras que estão a ser realizadas em Bissau, correlacionadas com os protestos que tenho visto um pouco por todo o lado.
Protesto dos "madeireiros"
Perturbações e trocas de galherdetes está a deixar o país a beira de um culapso. O ambiente está a ficar cada vez mais, cada vez! Esta-se a tentar resolver problemas arranjando outros problemas, sem tentarem procurar uma solução sensata e conciliadora, como diria um amigo "típico do guineense". As crispações e a falta de sintonia na cabine de comando da república é preocupante. O PR, veio ao público (depois de um silêncio atróz) com "disparos" por todos os cantos. Afirmou que existe uma corrupção latente na Administração Pública atual, fazendo correlação com o funcionamento de algumas estruturas criadas pelo novo executivo. Saiu em defesa dos peixes do alto mar, dando "voz" aos que não o têm "si nô pis ta papia ba...". Para deixar claro de que não está a gostar minimamente do que tem escutado e visto, chegou ao ponto de fazer uma analogia e no bom crioulo rematou "udjus di presidenti kumpridu, oredjas di presidenti kumpridu...". Depois de ter escutado a última intervenção do PR Jomav, sobresaltou-me a ideia que estamos perante um ultimato.
Obras no passeio em frente ao Pálacio da Justiça
Hoje o PM tentou responder pedindo ponderação na analise de alguns assuntos como o aumento de custo de vida propelada pelo PR. A cidade parace sitiada com tantas obras. O fornecimento da energia eléctrica está descomplicada e no seu melhor, há vários anos não tinha a sensação de "luz tem tudu hora" na Bissau. O fornecimento da água é que continua intermetente, mas vai havendo.
O otimismo que se criou logo no arranque, deste novo ciclo político, passado quase um ano está a resfriar e os velhos problemas como as intrigas, bocacinhus e intchutchiduris estão a aquecer o quotidiano do relacionamento entre os detentores do PODER. Denota-se que as raizes mais profundas dos nossos problemas estão longe de serem atacadas e, não se poderá melhorar a Guiné, enquanto não se melhorar o modus operandi do exercício político. Já escrevi demais para quem só queria convidar para uma cervejinha com nome djumbai.
Ruas de Bissau em obras...
Obras e mais obras...