Iaia Turé
Por:
Iaia Turé*
A Guiné-Bissau precisa de um Presidente da República, uma Assembleia Nacional e um Governo perfeitamente legitimados pelo voto popular e desta forma estará em perfeitas condições para
avançar na consolidação das instiuições
democraticas e do respeito pela ordem constituicional.
Sabem qual é o nosso problema? É que não gostamos de sacrifícios.
Achamos que a vida só é boa quando não há contrariedades, quando nos
distraímos, quando rimos com os amigos ou fazemos aquilo que nos apetece. Mas
que grande ilusão!...
Bem
sabemos que não é assim, que não existe esperança, nem beleza, nem bondade, nem
justiça, nem amor, nem relações verdadeiras sem sacrifício. Assim, a pensar
no futuro da Guiné-Bissau, espero para breve e sem qualquer ilusões. Um futuro
feliz e cheio de vida verdadeira, leal, fecunda, sincera. E, portanto, com
sacrifícios. Por isso, provavelmente, a crise que nos assola vai fazer-nos bem,
porque terá o mérito de nos reconduzir às coisas verdadeiramente importantes da
vida. Se assim for, podemos vir a ser melhores pessoas e, até mesmo,
finalmente, vir a mudar GUINÉ.
A Guiné-Bissau é um país extraodinário e de
pontecialidades. Temos Florestas e temos o Mar, em meio a populações sertanejas
e ribeirinhas, o que vejo em todo lugar é um povo maduro, calejado e otimista. Um
povo que não deixa nunca de ser jovem, um povo que sabe o que é sofrer, mas
sabe também o que é alegria, que confia em si mesmo, em suas próprias forças. Creio num
futuro grandioso para a GUINÉ, porque a nossa alegria é
maior do que a nossa dor, a nossa força é maior do que a nossa miséria, a nossa
esperança é maior do que o nosso medo.
Esperança de ver uma Guiné-Bissau
honesta e competente, mas como? Ser honesto é mais do
que apenas não roubar e não deixar roubar. É também aplicar com eficiência e
transparência, sem desperdícios, os recursos públicos focados em resultados
sociais concretos. Estou convencido de que temos, dessa forma, uma chance única
de superar os principais entraves ao desenvolvimento sustentado do País. E
acreditem, acreditem mesmo, não devemos desperdiçar a oportunidade que será conquistada pelo voto popular.
Os guineenses vão às urnas neste Domingo (13 de
Abril de 2014) para cumprir com os seus deveres de votar e eleger os seus
governantes a conduzir o destino do País. E agora perguntamos, qual é o próximo
passo? Vamos a governação e a Boa governação, o que Segundo o DR. FERNANDO NOBRE. Boa governação exige ética, rigor, verdade, responsabilidade, coerência,
compromisso e respeito pelas promessas contidas nos programas eleitorais ou
feitas em campanha o que a coloca nos antípodas da corrupção, demagogia e manipulação.
Mas também a Boa governação na Guiné-Bissau
passa necessariamente pela a valorização dos seus recursos
humanos e naturais.
A Guiné-Bissau precisa de fazer em todos os domínios um mergulho para
dentro de si mesmo, de forma a criar forças que lhe permitam ampliar o seu
horizonte. Fazer esse mergulho não significa fechar as portas e janelas ao
mundo. A Guiné pode e deve ter um
projecto de desenvolvimento que seja ao mesmo tempo nacional e universalista,
significa, simplesmente, adquirir confiança em nós mesmos, na capacidade de
fixar objetivos de curto, médio e longo prazos e de buscar realizá-los a desejo
de povo.
Fixando os objetivos de curto, médio e longo
prazos. É preciso que o Estado assuma as suas responsabilidades perantes os
cidadãos, garantindo-lhes o bem-estar, a segurança social, crescimento económico
e igualidade de oportunidades. A juventude guineense que constitui a maioria da
populção deste País, não deverá ser esquecida. A juvetunde deve ser a
prioridade de governo, apoiando-a na defesa dos seus direitos: á educação, á
cultura e a formação técnico-professional que lhe propicie condições para
acesso ao mercado de trabalho e ao emprego.
A Boa governação na Guiné-Bissau: significa apostar na
reforma e a modernização da nossa Administração Pública. Saneamento
drástico de Finanças Pública.
Revisão curricular e do sistema do ensino guineense e
qualificá-los. Melhorar os nossos serviços de
saúde e equipar os nossos hospitais com equipamentos modernos. Melhorar as nossas Infraestruturas que
possibilitam á construção civil, urbanização de cidades, o trafego de informações
e de produção de bens e serviços. Dar acesso a Energia e a Água potável para todos os guineenses. Aprofundar a nova
tecnologia de informação e comunicação para poder reduzir o seu elevado custo.
Aproveitar as nossas potencialidades agrícolas para criar as indústrias/fábricas de transformações. Investir e promover a Agricultura
como forma de combater a fome e reduzir a pobreza. Relançar o nosso desporto nacional
e criar as condições para a participação das nossas Selacções nacionais nas
competições internacionais em categorias. Fazer a reforma na defesa e segurança,
criar um novo estilo de Força Armada, académica e técnico-professional. Formar Polícia Técnico Científico.
A Guiné-Bissau é um país com
diversidades culturais e tem a possibilidade de desenvolver e promover a
criatividade de conhecimentos ligadas as artes, artes plásticas, a moda, ao teatro, a música, a
dança, a publicidae, ao design, mas também a informática, a comunicação e
ao digital. Ainda temos um enorme potencial para desenvolver um turismo
diferente e de qualidade e aprofundar uma nova centralidade alicerçada no
vanguardismo estético e no inovação tecnológico e empresarial.
A Guiné-Bissau é um país de futuro, temos Florestas e temos o Mar,
temos jovens talentosos que lá querem viver, temos cidades e regiões a espera de se afirmarem e desta materia-prima
que se fazem os sonhos.
Southwest
University, Chongqing-China, 11 de Abril de 2014
*Mestre
em Administração Pública e Sociólogo