Fonte: GTV
Faleceram
em Lisboa o escritor Félix Sigá e a Jornalista Rosete Reis
Em
dois dias consecutivos, a Guiné-Bissau perde duas figuras da Cultura e
Comunicação social, Félix Sigá e Rosete Reis.
Félix
António Sigá encontrava-se internado desde passado mês de Fevereiro, no
Hospital Pulido Valente, em lisboa, tendo morrido na quinta-feira, 09 de Julho,
vítima de doença prolongada.
Sócio
– fundador da Associação de Escritores Guineenses, AEGUI, Félix Sigá era autor
do livro “ Arqueólogo da Calçada” entre outras obras e tinha diversos poemas
dispersos em várias antologias. O autor deixou vários manuscritos por publicar.
E
hoje(sexta-feira), em Lisboa, faleceu a Jornalista guineense Rosete Reis,
vítima de um Acidente Vascular Cerebral … AVC. Rosete Reis iniciou a sua
carreira jornalística na Rádio Nacional da Guiné-Bissau, em 1991. Em
1997 foi trabalhar para a estação “Galáxia de Pindjiguiti” e em 1998 transitou
a “ Rádio Bombolom “, onde permaneceu até 2012.
A Jornalista guineense também foi colaboradora da Rádio Renascença e a Voz da América.
Desde
Julho de 2014 que Rosete Reis desempenhava as funções de Assessora de Imprensa
do Ministro das Obras Públicas, colaborando, desde Janeiro de 201, com a Rádio
Nacional a convite de Muniro Conté, actual Director - geral da RDN.
Rosete
Reis tinha 48 anos de idade, era casada com o político guineense Amine Saad e
deixa uma filha.
O luto continua…
Por estes dias
desconectei. Estive off-line
na Ordidja!!! Estou
amargamente destorcido! As informações do desaparecimento físico da irmã, amiga
e colega Rosete Reis (longos anos de trabalhos juntos) e do grande poeta Félix
Siga (veio-me a memória os nossos djumbais no Ancar), deixaram-me sem forças
para falar (escrever) ficando de rastos emocionalmente.
Lamento
profundamente todos os males que, por uma ou outra razão, possa ter provocado,
com a informação da morte da grande jornalista Rosete. Deixei-me escorregar
pela ambiguidade da era da conexão e interacção online. Na verdade fui, muito
emotivo(em vez de refletivo) quando estive confrontado com a notícia da morte duma
grande amiga (como ela era para mim) e alguém que tinha visto à menos de uma
semana.
Este é um momento
doloroso que desejaria que nunca tivesse acontecido. Face a esta dramática
situação estive mesmo a pensar colocar um ponto final neste mural de nome
Ordidja.
Tudo isso provocou,
emoções descontroladas. No cruzamento da informação da morte tive o azar, de
falar precisamente com a pessoa, cujo amigo horas antes, fora contato pela
família para “cobrir as mobílias da casa com lençol branco e, consultar o preço
do aluguer das cadeiras e tenda para o choro…” ainda perguntei pelo Dr. Amine Saad,
mas informaram-me que já estava em Dakar, a caminho de Lisboa.
Este espaço virtual
de nome Ordidja tem como propósito a forma clara (a minha dignidade não está e
nunca estará à venda) de transmitir informação verdadeira e, ideias precisas, de
forma elegante e respeitosa. Sendo um meio de comunicar pessoal, nunca foi e
nem é minha intenção torna-la, num meio de comunicação social (ajudei a montar
um, na Guiné-Bissau), isto porque, tenho noção que carece de estrutura e
formato para tal.
Este mural de nome
ORDIDJA, procura apenas e só, um lugar no mundo virtual guineense, sem agressividade
desmesurada e muito menos o desrespeito pela VIDA HUMANA que, caracteriza a
maior parte dos restantes espaços virtuais. Talvez tudo isso seja o espelho
refletor da herança deixada pelos pioneiros nesta senda. Continuo a partilhar à
opinião de que, é, extremamente lamentável algumas informações que se divulgam,
e é urgente regular esta forma de comunicar entre e intra guineenses.
Outrossim, este
mural virtual quer apenas transmitir o universo guineense de forma humana, virando
costas de forma clara, a violenta e animalesca leveza de ser, da maioria
compulsiva. O target deste espaço, consegue mostrar que sem calúnias e muito
menos difamações consegue-se informar/educar, respeitando sempre a honra do
próximo como se respeita a nossa. Alias, aquele que tem HONRA, não agride a
honra do outro, sobretudo, de forma leviana e maldosa.
Termino com duas
notas finais:
Manifestação do profundo pesar e sentidos pêsames as famílias
enlutadas.
Paz e eterno
descanso, às suas ALMAS...