sábado, 9 de abril de 2011

Força Barril

Foto: Barril no Museu da Água 

Fonte: A Semana

Economist Intelligence Unit predicts Cape Verde will one of Africa’s most stable countries in 2011-2012 07 April 2011

Cape Verde will be one of Africa’s most stable countries in 2011 and 2012, according to forecasts from respected research and consulting company The Economist Intelligence Unit. In its analysis, the Economist Intelligence Unit predicts that the main motor of real GDP growth in the country, projected to stand at 6% in 2011 and 5.5% in 2012, will be direct foreign investment, especially in infrastructures and tourism.

However, say analysts, the rapid rise in the price of goods could compromise the country’s economic stability. As such, the prices charged to local consumers could go up some 8% in 2011 (higher than the initially predicted 5%). Inflation, however, is expected to cool down to 1% in 2012.
The Economist Intelligence Unit makes other predictions as well, such as the reduction in government spending in proportion to the GDP in 2011 and 2012, thanks to the end of a number of tax benefits. The tax deficits forecast are equal to 8.2% of GDP in 2011 and 6.5% of GDP in 2012, and will be financed by concessional loans from donors. The current accounts deficit is expected to stand at 10% of GDP in 2011 and drop to 9.6% of GDP in 2012.

The Economist Intelligence Unit also highlights the fight against poverty being carried out by the Cape Verdean government. Citing the report published by the International Monetary Fund on the National Program for the Fight Against Poverty, the Unit says that the country “has presented positive evolution with the reduction of poverty in 2009, supported by good governance, strong GDP growth and the proper execution of budgeted spending.”

The prestigious international consulting company also analyzed the country’s political situation, explaining to readers how the recent legislative elections went and mentioning this summer’s presidential elections.
Source: http://store.eiu.com/country/CV.html



Opinião:

Força Barril

Harmonia sabi, desavença malgôs*…

Há 15 anos atrás, numa acesa discussão com colegas cabo-verdianos em Coimbra (no período das queimas) depois duma noite bem regada, chegamos a  uma conclusão com esta analogia: “Se Portugal é o pai de Cabo-Verde, à Guiné é a mãe”… mas até chegarmos a essa conclusão, houve momentos de alguma tensão. Nas primeiras abordagens com os “nôs ermons” um colega e amigo, Eno (Eugénio Edgar), enfatizou “estamos perante uma disputa entre o Olhão e Boavista” isto quando o assunto foi levado para o campo das nossas identidades, puxado de certeza pelo álcool. Nesses momentos iniciais as vozes se elevaram, parecia que não havia espaço para diálogo. Sem mais delongas, lembro-me que depois de tanta algazarra, gargalhadas e risos a noite acabou com muita música a mistura, entre: “saudad” e “harmonia sabi” fomos, cantando. Quem não gosta de um bom “happy end”?          

Nunca é tarde de mais e podemos sempre reiniciar com algumas nostalgias estudantis políticas e culturais, para falarmos de um caso de sucesso. Cabo-Verde é um caso de sucesso. Ponto sem virgula. Ao Neves o que é de Neves! Sem comentar os meus, estado de alma, apenas pretendo abrir uma porta da perversa caricatura da própria condição enquanto guineense, sublinho, Guiné-Bissau é um caso de insucesso. Ponto e virgula. Será que o sucesso se constrói? Quem o constrói? Como se constrói? Ainda se vai a tempo de construí-lo?   

Entre o guineense e o cabo-verdiano, ainda se pode despertar relações com os verdadeiros sentimentos de fraternidade, solidariedade e irmandade, sem fabricar factos, e nem pintar acontecimentos. Um novo percurso de relacionamento entre os dois Países é urgente. Até porque ambos só têm a ganhar. Cabo-Verde e Guiné-Bissau têm uma ligação em que os laços são de sangue, embora a política tenha sido o motivo da separação que fez correr muita tinta, suor e lágrimas. Será barril, estes dois se entenderem. Unidos serão mais fortes. A força do barril, com as cores que preservamos.        

Antes do menos, estas segundas linhas, são direcionadas (embora não mereçam) para um certo universo de leitor@s, aquela que contamina (não há que conta as minas;) as relações ou por vezes força as contradições, na Guiné, com mantenha Bissau. Peço-os licença, e as minhas desculpas, e já agora, se sabe que pertence a esse universo, não leia mais, porque este texto, não lhe é dirigido. É apenas direcionado, pois nas linhas que se seguem, a desavença não é moda é acessório.

Parêntese – em Bissau, durante a minha juventude, tive colegas do “djumbai” no canal da zona, que perante uma divergência de ponto de vista, não tentavam vencer a razão. Ganhavam a razão porque tinham uma opinião, mas aceitavam com naturalidade a opinião contrária e com respeito. E é engraçado, que aceitavam às razões, de cada um.

Reparei que eram pessoas que numa fração de segundos, detetavam, que a questão em causa, não se limita só, na busca de quem tem razão, porque bem equacionado as coisas, enxergam que perante situações tão absurdas ou caricatas, não vale a pena e nem merece tempo ou espaço no nosso pensamento, buscar quem tem razão, e por isso não davam importância. Faziam e fazem bem. A esses colegas, amigos e leitor@s, dedico este pequeno texto de otimismo do barril. Porque foram sempre uma maioria, alias o guineense é barril, o cabo-verdiano é barril. E juntos foram sempre barris.

Aos outros colegas e leitor@s, que perante ponto de vistas ou “querelas” diferentes, procuram quem tem razão, ou entram numa luta desesperante e querem “ter razão” e como técnica, começavam por cortar relação, de amizade, de camaradagem ou companheirismo, volto a avisar, pela segunda vez – se é desse universo, não perca mais tempo, leia este texto, e pronto. Tiran fala (pun na nha lugar). Ou não foi isso que aconteceu entre a Guiné-Bissau e Cabo-Verde? Agora deixe que lhe diga –  harmonia sabi,  desavença malgôs! Harmonia mas bianda kuntangu (sem tradução)…

  
* Tradução: Harmonia saborosa, desavença amarga…

       

Nota Ordidja

Recebi este mail da AD – ONG – Acção para o Desenvolvimento

Agradeço e partilho

Caro Pessoal

No próximo dia 9 de Abril (sábado) pelas 19h00, a RTP 2 vai passar uma reportagem sobre a AD no sul do país (Parque Nacional de Cantanhez). Dura 30 minutos.
É ocasião para os que já o conhecem, revisitarem este local fabuloso.
Para os que ainda não foram lá, comecem a fazer as malas para vir cá.
abraços a todos 


Bom Sabat!!!