terça-feira, 9 de junho de 2015

a não ser que…




Ao lado do outdoor da maquete da futura praça 3 de Agosto

Até que a semana não começou mal, de todo. Embora traga para ilustrar o post, uma foto do derrube de mais um poste (coisa de segunda-feira), de iluminação nocturna, em plena avenida Amílcar Cabral, de frente ao antigo edifício do Armazém do Povo, danificando até (como facilmente se pode ver) uma parte da varanda.

Não me pergunte quem, quando e como foi derrubado o poste, porque a ideia aqui não é informar ao estilo e objectividade do jornalista! A ideia aqui é, opinar!!! Ponto e virgula. Se tomarmos em conta que, as opiniões são todas bem identificadas. Ou seja, o(a) emissor(a) de qualquer opinião neste mural, feito blog, tem nome verdadeiro, e trata-se de uma pessoa física exercendo o livre direito e dever de expressar uma ideia, colocando um ponto de vista, que desencadeie e provoque, uma corrente de pensamentos.

Deus queira um dia, consiga escrever um conto, sobre o abate dos postes públicos em Bissau, começando, pelos “postes de luz” (como habitualmente chamamos), terminando, com aniquilamento quase total dos postes de semáforos. Estes últimos, não conseguiram sobreviver a feroz e anárquica forma de conduzir de alguns citadinos. Por sinal e infelizmente, a maioria. 

Seria talvez giro no enredo da fábula, conseguisse relatar, as peripécias dos faróis verdes, amarelos e vermelhos, no comportamento dos guineenses nas estradas. Por mais estranho que possa parecer na cabeça do comum cidadão de qualquer parte do mundo mais moderno (onde existem sinalizações sonoras, visuais e humanas em algumas situações), na Guiné, consegue-se dirigir (diria o brasileiro) um carro na capital, nos vilarejos (pequenas cidades) e nas comunidades (tabankas) sem necessidade de nenhum destes instrumentos de orientação de transito. Com isso não quero dizer que não existam boas práticas nas estradas nacionais. 

Porém, passados 3 anos depois dos primeiros ensaios de introduzir a sinalização visual (mais usual nas estradas avançadas), hoje, não existe um único semáforo funcionando em Bissau. Dos dois ou três que sobraram, todos, sofrem apagados. Ah, nem vale a pena falar de radares de velocidade (pardais para os brasileiros) que controlam a velocidade, dos condutores amantes da Formula 1 (kuma ke nkaluniadu manga del di bias ) pois acredito que essa tecnologia, só chegará por estas bandas, daqui há 10 anos! 

Dizia eu (voltando a realidade) que embora a foto do pequeno acidente ilustre este artigo de opinião, se antevê, uma semana tranquila em Bissau. Facilmente se poderia conjecturar que depois de algumas notícias “atómicas” ou melhor “bombásticas” que marcou o final-de-semana (brazukando), tudo iria entrar em alvoroço. Vê-se o contrário, tudo parece querer voltar a normalidade, houve uma enxurrada de intervenções públicas das principais figuras do Estado. 

Enquanto não ler todo o discurso do PR Jomav, que ainda não foi publicado virtualmente, não quero ainda entrar em muitos pormenores. Pese embora considere redutor, a parte utilizada pela imprensa portuguesa (copiada pela nacional) que incide na produtividade do “funcionário público”. Afinal são todos funcionários públicos, incluindo os órgãos de soberania. É que torna-se um pouco desconexo dar-se mais relevo, estrato do discurso que fala do funcionalismo público num ato que legitima e dá posse, a uma organização do sector privado. Ou seja, espero ainda hoje ler no mesmo discurso, linhas fortes da visão que à PR tem do papel que deve ser desempenhado pelos empresários, no novo ciclo político que se inaugurou, pouco mais de um ano. 

Para terminar, nada melhor do que algumas sugestões, sobre alguns assuntos que também marcam a atualidade, para que não caia na interpretação de alguns de que criticar é sempre fácil:

1 – Sobre a intervenção do Presidente da ANP, Eng. Cipriano Cassamá, que condenou com estas palavras “espero que seja a primeira e última vez…” carimbou ao interpretar o excesso de força de elementos da Polícia Judiciaria que violaram as instalações da “Casa do Legislador” para a “caça ao homem” instigada por alguns blogueiros.
Sou da opinião que, deve-se ir mais longe. Recorrendo a devida identificação das autoridades maussímas, que estiveram no local, pode-se instaurar um processo disciplinar e, responsabiliza-los pelo ato. Assim com a devida penalização destes, talvez atos desta natureza não voltam, a repetir-se. Ou sim ou não? 

Ah, e na ANP ontem conseguiu-se aprovar o diploma sobre as Autarquias qu vai aguadar agora a promulgação do PR. Como dizia o chefe da bancada parlamentar do PAIGC, Eng. Califa Seidi, “para além do desenvolvimento local, vai possibilitar uma participação maior e direta dos cidadãos e votantes nas proprias localidades…será um grande passo conseguir organizar finalmente umas eleições autárquicas, embora estamos a falar 20 anos depois da primeira eleição multipartidária” rematou!

2 – À TGB, no seu melhor alinhamento (como tem demonstrado, sempre), logo a seguir da peça de tomada de posse na CCIAS, lê um comunicado de uma outra “CCIA” (se percebi bem), cuja a comissão organizadora para a sua criação convocou um encontro…Muito confuso? Sobre este assunto ao invés de se criar espaços para “guerras” no futuro, por causa da “admissibilidade do nome” no processo  legalização dessa organização, será que a criação de um Clube de Empresários do Sector Autónomo de Bissau (CESABI) não seria melhor? Tenho saudades do sector de Clubes do DF, onde facilmente se tem: piscina, campos de ténis, jogos diversos, música ao vivo, churrasco, feijoadas e etc. Uma estrutura com espaços de laser, condições para realizar e albergar eventos como fóruns, seminários e conferências empresárias precisa-se! Deixem os outros com a caricata sede, partilha o mesmo edifício com uma loja “Ratinha” que infelizmente não conseguimos postar a foto. Feliz coincidência!

3 – Como seria uma grande vitória da nossa diplomacia político-económica se, no próximo G7, ou daqui a 5 anos o PR Jomav fosse convidado para participar. Vi ontem pela TV internacional o PR Sall do Senegal, o novo PR da Nigéria e a PR(a) da Libéria no encontro com os donos do mundo na Alemanha e sonhei tão alto…
   
4 – O PM no exterior (para variar) foi cuidadoso ao falar do caso da detenção do SECC. Mandou bem! Mas faria melhor, remodelando rapidamente o governo. Seria um finalmente! Porque houve a versão de que seria logo em Janeiro, depois passou para depois da bendita “mesa redonda” já vamos em quantas semanas mesmo(?) e até agora, niente! Uma nova maquilhagem no executivo e o escrupuloso cumprimento dos encontros semanais e á sós com o PR Jomav, não seria má opção para aniquilar as supostas e ditas intrigas, feita pelos outros, não é? A não ser que se queira continuar com este mal estar? Ou sim ou não? 
Npunta nan dê!!!