quinta-feira, 2 de julho de 2015

Exercício entre Confiança e Lealdade


Por: Amélia Costa Injai 

Está na ordem do dia a palavra "Confiança" sendo fácil de definir, ela se torna mais complexa quando transportada para as instituições e esfera política. Num meio em que não sendo dos melhores amigos temos de trabalhar com base em confiança e Lealdade institucional, confesso que não é um exercício fácil. E quando o ponto de partida já era de desconfiança, ainda se torna mais difícil.


Dizem muitos que a confiança perdida já não é possível de recuperar. Suponhamos que é verdade, ainda assim é possível a convivência institucional a nível da lealdade. Sendo que a lealdade é uma obrigação. Para mim a lealdade significa entre outros, alguém em quem podemos confiar, porque é honesto e honra os compromissos. Até aqui, meus amigos, não está tudo perdido.
 
O que quero dizer é que se uma pessoa não é de confiança mas é leal a coabitação é possível. Exige sim, vontade.

Difícil de perceber ! Compreendo. 

Porque para mim a confiança é um valor que se conquista se constrói, é racional, é sentida, não é visível, é demonstrável , não é pontual, é diária, não é exigível, é natural.

A lealdade por sua vez, entendo como um princípio. Muitas vezes digo que a lealdade se sobrepõe a qualquer outro acto de coabitação.

Posto isto, nada na vida é fácil e nem poderia ser.
O ser humano não sendo perfeito é -lhe exigido esforço e vontade nos seus relacionamentos. A capacidade de diálogo, moderação, compreensão e busca de consensos são necessários para a facilitação de uma convivência básica e pacífica para o quotidiano. 
 
Confesso que este tema tem vindo a ocupar parte dos meus pensamentos nos últimos tempos. Por estar na ordem do dia na política do meu país, Guiné-Bissau. No entanto, por ser algo que considero inato e que deveria fazer parte de qualquer pessoa, sociedade e instituição, é -me difícil traduzir, definir por palavras e compreender que precisa ser "analisado " ou esteja em "discussão ".
 
A ausência destes dois valores constituiu, a meu ver, um problema crasso em qualquer sociedade. E sendo uma qualidade pessoal, se no exercício de um cargo público a existência da sua ausência pode influênciar negativamente toda uma sociedade. 

Reflitamos!!

Porque no fim Guiné-Bissau e seu povo em 1°.