Aspecto do Barco Baria à caminho de Bubaque
“Sou
jovem musico guineense que luta pela promoção da musica e cultura guineense e
para construção de um mundo melhor, no qual se afirme os direitos humanos”
Binhan Quimor
Binhan Quimor
Tirei
esta frase no perfil do Blog www.jovembinham.blogspot.com
do músico que é a sensação do momento na Guiné. Já agora peço ao irmão e amigo
Binham que faça pequenas correcções no referido perfil, embora não esteja
utilizando o Blog criado em 2011.
Binhan Quimor
Estando
de viagem pelo interior, não pude assistir ao lançamento do primeiro álbum do
cantor, Binhan Quimor. “Lifanti Pupa”
(Apupo do Elefante) é o seu primeiro disco que tem 11 faixas originais, com
temas transversais que passam, da política à corrupção da pertença identitária
ao orgulho de ser guineense.
Antiga residência do Administrador de Bubaque
Se
em 1990 quando fui passar uns dias em Bubaque com o meu pai, o meu irmão mais
velho e um tio que vive na Suécia, as músicas mais escutadas em todos os cantos
da ilha era do Américo Gomes, desta vez o Binhan Quimor dominou o arquipélago.
Era a música do Binhan por toda a parte e na rádio comunitária Djan-Djan.
Aproveito a oportunidade para felicitar ao diretor da rádio Filipe, que para
além da emissora faz funcionar um Centro Multimédia que possibilita os jovens
de Bubaque terem acesso a Internet, um caso idêntico deixado em Mansoa em 2006.
Dias depois do Festival
Mas
dizia eu, não consegui assistir aos concertos de lançamento do “Lifanti Pupa”
em Bissau, no mês de março, e no mês de Abril tive dose dupla dos concertos do Jovem Binhan.
O primeiro em Bubaque, na VIª Edição do Festival de Bubaque e o segundo na
Lenox em Bissau.
Festival
esse, marcado por muitas controvérsias este ano, desde logo, a morte prematura
do mano mais-velho Bidinte, que aqui rendo a minha singela homenagem e que Deus
lhe dê o eterno descanso. Fui falar mantenha no choro do Bedinte, na mesma casa
no Bairro D’ Ajuda onde o conheci, quando e ele e o irmão Estêvão (Gibson) e os manos mais novos e toda
a família chegaram de Bolama.
Prai da Escadinha
Mas,
voltemos ao Festival de Bubaque 2015, que teve outros assuntos nos bastidores,
por exemplo a estória da ausência do Justino Delgado entre os convidados. Ele
que é “filho de Bubaque” lembrei-me neste
instante da conversa sobre o assunto com o meu amigo, irmão e camarada Nico, detentor
dos direitos do Festival. Disse-lhe: imagine se nós que nascemos em Bissau,
começássemos a exigir privilégios em tudo que é feito e organizado em Bissau.
Seria o descalabro.
Dulce Neves na homanagem ao Bidinte
Em Mansoa, também surgiram uns marmanjos que queriam vir
com esta teoria de “fidjus di Mansoa” para tentarem empenar a dinâmica do
trabalho que estávamos executando. A esses lembrei-lhes apenas que somos todos
“Filhos da Guiné”.
Outro
caso estranho em Bubaque foi a questão do jovem de Mindara que perdeu a vida,
se afogando logo no primeiro dia do Festival e, cujo corpo segundo algumas informações
foi encontrado enterrado na praia de Veludo, um dia depois do final do Festival.
Vista da janela do Barco Baria
Outro
assunto em que a Secretária de Estado dos Transportes não saiu bem na
fotografia foi, a falta de transportes para o regresso à Bissau, situação que
me obrigou a voltar as lides do jornalismo, fazendo trabalhos voluntários para
às rádios Sol Mansi e Bombolom FM. Constatou-se aberrações na segurança
marítima, desde o número de passageiros sem colete salva-vidas serem superiores
aos que traziam coletes e até o caso de uma canoa que para além de exceder o
número de passageiros na lotação, ainda tiveram o desplante de transportar um
touro preto com as pessoas.
Cartazes do IBAP
O
Festival também fez tónica a Biodiversidade, criando uma parceria extraordinária
com o IBAP, que resultou na feira e exposição que se podem ver nas fotos e o Zé
Manel embora diretor-executivo do Festival, deu ar da sua graça cantando a
música de campanha contra os abates das árvores “dunu di matu, pólon di matu
tenê kasabi…”
Dança tradicional das bijagôs
O drone andou pelo
Bubaque nos dias do Festival