quinta-feira, 2 de julho de 2015

Força TGB



À TGB melhorou bastante nas duas últimas semanas. Não vou chamar o nome, mas, anda aí uma repórter que finalmente deu um novo AR e GRAÇA a nossa TV pública. Única estação e canal emissora do país, vou já avisando aos leitor@s (que nunca tiveram contato com a fera), que os primeiros dias de telespectação, quando se chega à Bissau, não são fáceis.

Normalmente no início, tento ao menos assistir os noticiários, uma vez que a programação se centrava mais em repetições de reportagens, documentários e programas dando-nos à sensação que estamos no século passado. 

Pior é, quando assistimos os noticiários e temos a sensação que acabamos de assistir informações de outro planeta. Ou de Cuba, por exemplo…Porquê? 

É muito simples, toda a linha editorial e a agenda está focada nas informações institucionais. As baterias continuam muito apontadas na Presidência, Assembleia, Primatura, eventos dos programas das Nações Unidas, abertura disto, termino d’ aquilo e, conferência de imprensas de organismos da sociedade civil, etc, etc etc. Era raro, até duas semanas atrás ver, reportagens de RUA (a famosa vox populi por exemplo) correr atrás do contraditório, e cozer com várias pistas deixadas até, em vários discursos políticos publicados.

Vou dar apenas alguns exemplos: 

1 – Quando se gerou a confusão em relação às eleições na CCIA, à TGB não procurou o Juiz que esteve com o processo, para tentar esclarecer os telespectadores, mesmo que esse recusa-se prestar qualquer informação, utilizavam aquela máxima “depois de várias tentativas de contato, não obtivemos nenhuma resposta…” e não deviam “lagar o pé” da ALA que era acusada de falsidades e batotas, mesmo que estes como era de esperar, fugissem, há sete pés dos jornalistas;

2 – Quando o PR Jomav falou no discurso da tomada de posse da direção forçosamente legitimada pelo voto fabricado e encomendado no CCIA, sobre a improdutividade dos funcionários públicos deviam, no meu entender, no dia seguinte, passar o pente fino sobre a questão. Checar se realmente nos ministérios, agências e institutos públicos se verificam as “debandas” dos funcionários à partir da uma da tarde;

3 – Quando aconteceram as duas reuniões que foram, importantíssimos para o partido no Poder, e o país, porque limitaram à passar as declarações finais, quando podiam perfeitamente promover debates televisivos sobre o tema, convidar analistas, ex-militantes e estudiosos sociais ou tentarem à porta da sede, falar com os militantes descontentes, revoltosos e intriguista;

4 – Porque não tentaram grandes entrevistas com os detentores da soberania do Povo, para tentar aplacar a correnteza de BOATOS que foram nascendo que nem ervas daninhas no tempo da chuva; 


4 – É urgente um vox populi sobre o que o comum guineense acha sobre a manif convocada pelo PAIGC? Se for então ainda vão à tempo…