quinta-feira, 18 de abril de 2013

Hoje queria perguntar aos políticos de Cabo-Verde:

Marcos Galina Correia

Que país da costa ocidental consegue “armazenar” e encaminhar, mais droga que Cabo-Verde, desde sempre e com tendência para piorar?
Que cidadão da CEDAO desempenhou um papel mais relevante na logística dos cartéis de droga do que o “VERISSÍMO PINTO” que tinha edifícios exclusivamente destinados a receber e armazenar droga na capital cabo-verdiana, e bancos a seu dispor para "lavagem" de dinheiro (pelo que se disse)? 

Para quem não sabe o “Veríssimo Pinto” era presidente da bolsa de valores de Cabo-Verde (BVC) na altura da sua detenção! O que disseram os advogados do “Veríssimo Pinto” na altura? Passo a reproduzir algumas ameaças: 

1. Advogados de Veríssimo Pinto ameaçam divulgar dados que comprometem ALTAS ENTIDADES PÚBLICAS (eu entendo altas figuras do estado e da república).

2. Advogado de ex-presidente da Bolsa ameaça divulgar peças processuais do caso "Lancha Voadora"

3. “…os advogados reagiam à notícia publicada sexta-feira pela agência Inforpress, que sustenta que o presidente do Banco Africano de Investimentos - Cabo Verde (BAI/CV) e outros dirigentes daquele banco de capitais angolanos estão suspensos, devido a alegado envolvimento em "lavagem de dinheiro"…”

4. Operação Lancha Voadora: Veríssimo Pinto conta ao "A Nação" a sua versão do caso e diz-se ansioso pelo julgamento.

Porque razão os políticos de Cabo-Verde não colaboraram com a DEA na altura, nem facilitaram a captura de “Veríssimo Pinto” em alto mar? Sabem os políticos de Cabo-Verde que se o governo da Guiné-Bissau assim o entender terão O MAIOR PROBLEMA DIPLOMÁTICO QUE ALGUMA VEZ CABO-VERDE CONHECEU, pelo facto de Bubo na Tchuto ter lá entrado, e ter sido permitida a sua extradição para os EUA? 

Sabem os políticos de cabo-verde que a defesa de Bubo na Tchuto vai assentar a sua estratégia de defesa no “facto” deste NÃO TER SIDO CAPTURADO EM AGUAS INTERNACIONAIS, o que quer dizer que é a melhor hipótese de defesa e o facto mais seguro e relevante na óptica da defesa, logo mais um problema para Cabo-Verde que terá que se explicar: Que papel(eis) desempenhou e com que suporte jurídico para tal?

Porque fizeram questão de esquecer que Bubo na Tchuto é um combatente de liberdade da pátria cabo-verdiana, por muito que isso lhes custe? Vale mais um presidente de bolsa que um combatente na óptica dos políticos Cabo-Verdianos?
Por que RAZÃO TUDO SE TRANSFIGURA QUANDO HÁ UM GUINEENSE OU O NOME DA GUINÉ-BISSAU ENVOLVIDO?

NADA DISTO É INÉDITO, NEM EXCLUSIVO DA GUINÉ, ACONTECE TODOS OS DIAS EM CABO-VERDE, E NA GUINÉ-KONACRY POR EXEMPLO, MAS NUNCA SE OUVE UM ÚNICA VOZ MENCIONAR ESTES PAÍSES.
Veríssimo Pinto

Ordidjanotando

Por estas e por outras é que costumo dizer que – se houver uma próxima vez, cada um vai ter que lutar na sua própria terra para ter a sua Independência.  Porque todos sabemos que o saldo da Guerra de Libertação, dos dois países, até agora está sendo pago apenas pela Guiné-Bissau. Recordo de uma entrevista com Carlos Veiga no aeroporto de Bissau, em 2010, na altura ele candidato as legislativas cabo-verdianas. Coloquei-o a questão relacionada com os antigos Combatentes guineenses, e se Cabo-Verde tendo em conta o seu sucesso, poderia assumir parte do pagamento das pensões dos órfãos, viúvas(o), deficientes, estropiados e mutilados de guerra. 

Recordo-me que na altura, o candidato Veiga, respondeu que era uma questão que devia ser discutido entre os Estados e que ele estaria sempre disposto para abordar esta questão tendo em conta o valor inestimável e impagável do papel dos antigos combatentes. 

O próprio Veiga na altura disse dias depois, numa coletiva com os jornalistas isto (Lusa): Veiga incitou o Governo à criação de um fundo de pensões para os antigos combatentes e ressalvou que ‘Cabo Verde tem o dever moral de participar neste encontro, porque parte destes combatentes lutaram também pela independência do país’”.

E mais, não digo!!!