Comandante da MNJTF Major General nigeriano, Tukur
Buratai
Fonte: Expresso
Níger, Chade, Camarões e Benim estão reunidos na Nigéria para decidir pormenores sobre a nova força militar que tentará travar os extremistas do Boko Haram.
Níger, Chade, Camarões e Benim estão reunidos na Nigéria para decidir pormenores sobre a nova força militar que tentará travar os extremistas do Boko Haram.
O Presidente
nigeriano, Muhammadu Buhari, reúne-se esta quinta-feira com líderes regionais
para tentar formar uma nova força de combate ao Boko Haram, que nos últimos
seis anos deixou um rasto de sangue e violência no país.
O chefes de
Estado do Níger, Chade, Camarões e Benim já estão na capital nigeriana, Abuja,
para participar na reunião que foi antecedida de dois dias de discussões
preparatórias onde estiveram presentes altos responsáveis militares e ministros
da Defesa.
Buhari tinha
já apelado aos líderes do G7, que estiveram reunidos na Alemanha na semana
passada, para reforçarem as ações contra o extremismo. O novo
Presidente, de 72 anos, estabeleceu o combate ao terrorismo como a máxima
prioridade da sua presidência. Assim que tomou posse, a 29 de maio, transferiu
o comando central militar de Abuja para Maiduguri, que passará a funcionar nas
proximidades do reduto controlado pelo Boko Haram, no nordeste do país.
A formação
de uma força militar conjunta internacional (MNJTF) que engloba cinco nações -
Nigéria, Níger, Chade, Camarões e Benim - foi decidida em maio de 2014, um mês
depois do grupo extremista Boko Haram raptar mais de 200 alunas em Chibok, no
nordeste da Nigéria. Pretendia-se que estivesse operacional em novembro de
2014, o que não aconteceu.
Em janeiro
deste ano, a intensificação dos ataques do grupo islamita na Nigéria e nos
países vizinhos pressionou os Estados da região a recolocar esta força militar
no centro da discussão.
A MNJTF,
apoiada pela União Africana, terá 8700 elementos apoiados e ficará a sediada na
capital do Chade, N'Djamena, sob o comando do Major General nigeriano, Tukur
Buratai. Esta nova formação militar substituirá a anterior coligação da
Nigéria, Níger, Chade e Camarões, que desde fevereiro conseguiu levar a cabo
uma série de operações bem sucedidas contra o Boko Haram.