Vítima da Ditadura
Fonte: Página Dilma Rousseff Facebook
MULHERES DO BRASIL
Neste 8 de março,
Dia Internacional da Mulher,
Dilma quis lembrar a todos os brasileiros, homens e mulheres, do significado
dessa data dentro do contexto da nação que somos.
Uma nação onde as mulheres representam metade da
força de trabalho, as responsáveis diretas pelo sucesso dos programas sociais
dos governos do PT, as mais empreendedoras do mundo.
A presidenta lembrou que 93% dos cartões do Bolsa
Família têm a mulher como titular, justamente porque é nela que a família
brasileira se defende: na força da mulher.
Das 1,6 milhão de casas já entregues pelo programa
Minha Casa, Minha Vida, 52% estão no nome de mulheres.
Nos últimos onze anos, das 36 milhões de pessoas
que saíram da extrema pobreza, mais da metade são mulheres.
Leia abaixo a íntegra do pronunciamento da
presidenta Dilma Rousseff:
"Meus queridos brasileiros e, muito
especialmente, minhas queridas brasileiras.
Hoje, Dia Internacional da Mulher, podemos dizer que
o Brasil tem muito a comemorar e muito a fazer.
As mulheres são a maior força emergente no mundo. E
o Brasil está contribuindo, de forma decisiva, para que essa força se amplie e
se torne cada vez mais presente.
Das 20 maiores economias mundiais somos,
proporcionalmente, a que tem mais mulheres empreendedoras.
Mulheres que abrem seus próprios negócios e
enfrentam, com coragem e competência, as dificuldades para crescer e prosperar.
Nos últimos onze anos, das 36 milhões de pessoas
que saíram da extrema pobreza, mais da metade são mulheres.
Igualmente são mulheres, mais da metade das 42
milhões de pessoas que alcançaram a classe média.
O Brasil criou, nos últimos três anos, 4 milhões e
500 mil empregos.
Mais da metade desses empregos, com carteira assinada,
foram conquistados pelas mulheres.
Por este e outros motivos, podemos dizer que a
mulher é a nova força que move o Brasil.
Mas temos que admitir que o Brasil precisa ainda
dar mais força às suas mulheres.
Minhas queridas amigas, tudo que vocês conseguiram
até hoje foi fruto do esforço e da coragem de cada uma de vocês.
Foi fruto igualmente do apoio de suas famílias.
Sabemos também que se abre um novo mundo de
oportunidades, quando a força da mulher encontra apoio nas políticas do
governo.
Cada casa brasileira, e cada empresa deste país,
mostram o que cada mulher é capaz de fazer por sua família e pelo progresso do
Brasil.
Somos um país líder no empreendedorismo feminino.
Porque a mulher brasileira tem a sensibilidade de perceber que, abrindo um
negócio próprio, ela pode administrar melhor sua vida e a de sua família.
Mas isso ocorre, também, porque o Brasil criou
novas linhas de crédito para as mulheres e, neste item, somos, hoje, destaque
no mundo.
Vejam o caso do programa Crescer, que é destinado a
financiar pequenos empreendedores e oferece dinheiro barato e sem burocracia,
para a pessoa montar ou ampliar seu próprio negócio.
Um dinheiro que pode ser usado como capital de giro
ou na compra de máquinas e equipamentos.
Pois bem: De 2011 para cá, mais de 60% de todas as
operações foram feitas por mulheres.
Esta é uma prova contundente de como a mulher
brasileira é guerreira e empreendedora. Como sabe buscar o que quer.
No caso do Pronatec, que é o maior programa de
formação profissional da história do Brasil, seis em cada dez alunos são
mulheres de todas as faixas de idade.
São cursos gratuitos, bancados pelo governo
federal, e oferecidos no “Sistema S” e nas redes federal e estaduais de
educação profissional.
Unimos também o Pronatec ao Brasil Sem Miséria e,
de quase um milhão de matrículas, mais de 650 mil foram feitas por mulheres.
São mulheres que saem definitivamente da pobreza,
aprendendo uma profissão.
Também mais da metade das bolsas do Prouni e dos
financiamentos do FIES têm sido concedidos a mulheres.
Essa nova realidade explica porque as mulheres já
são proprietárias de 44% das franquias do país.
Explica também o grande crescimento da participação
das mulheres na força de trabalho. Enquanto no inicio da década de 80, apenas 26%
das mulheres trabalhava, hoje, 50% delas estão ocupadas.
Os números são muito bons, mas precisam melhorar
muito mais.
Minhas amigas e meus amigos, o Brasil também se
destaca, no mundo, no apoio às mulheres socialmente vulneráveis.
Este é um segmento que meu governo vê com especial
atenção.
Pois, quanto mais pobre a família, mais a mulher
tem um papel central na estruturação do núcleo familiar.
Por isso, 93% dos cartões do Bolsa Família têm a
mulher como titular, e das 1 milhão e 600 mil casas já entregues pelo Minha
Casa, Minha Vida, 52% estão no nome de mulheres.
No acesso à terra, também é assim: 72% das
propriedades da reforma agrária são de mulheres.
Ao mesmo tempo, o governo tem oferecido mais
crédito e assistência técnica para as trabalhadoras rurais.
São mais mulheres produzindo alimentos, tomando
decisões e conquistando autonomia.
Fortalecemos, assim, o papel da mulher na família,
na sociedade urbana e no mundo rural.
Essas novas oportunidades garantem maior autonomia
e independência às mulheres e são decisivas para romper o ciclo de violência em
que muitas delas ainda vivem.
No entanto, precisamos avançar e criar novos
instrumentos.
O programa Mulher, viver sem violência, integra
vários serviços em defesa da mulher. Nas 26 casas da mulher brasileira que
estamos implantando vamos acolher e proteger as mulheres, colocando vários
serviços em um mesmo lugar. O lema dessas casas é coibir a violência e dar
oportunidade às mulheres.
Minhas amigas e meus amigos,
Como a primeira mulher a ocupar a presidência do
país, vejo com imensa alegria vários programas criados nos últimos anos.
Vejo também que muitas barreiras ainda precisam ser
rompidas para diminuir a desigualdade entre os gêneros e garantir mais direito
– mais autonomia – as brasileiras de todas as classes sociais.
É preciso garantir salário igual para trabalho
igual feito por mulheres e homens.
É preciso combater sem tréguas a violência que
recai sobre as mulheres.
É preciso diminuir ainda mais a burocracia e os impostos
para que as empresas, lideradas por mulheres, sejam ainda mais numerosas.
É preciso que muito mais mulheres ocupem o topo das
decisões das empresas e das entidades representativas de toda natureza.
Vejo que é preciso garantir mais creches, para cortar
a desigualdade pela raiz, dando às crianças pobres as mesmas oportunidades de
crianças de classe média. Mas também, para facilitar o acesso de suas mães ao
trabalho.
Falo disso com a legitimidade da presidenta que
ampliou as oportunidades para as mulheres e que, mesmo assim, sabe que é
preciso fazer muito mais.
Este é o século das oportunidades. Este é o século
do Brasil. E este é, sem duvida, o século das mulheres!
A mulher é a nova força que move o Brasil.
Com esta força e esta energia vamos construir um
futuro cada vez melhor para as nossas famílias.
Viva o Dia Internacional da Mulher!
Viva o Brasil!
Viva a mulher brasileira!
Obrigada. E boa noite."