terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Violência regressa à Costa do Marfim

                            

Fonte: Rádio Renascença

País continua mergulhado num braço de ferro presidencial entre Alassane OuattaraLaurent Gbagbo.
Pelo menos cinco pessoas morreram ontem na Costa do Marfim, na sequência de confrontos entre apoiantes de Alassane Ouattara e forças policiais, fiéis ao actual Presidente Laurent Gbagbo.

Segundo um jornalista da agência Reuters, três polícias e dois apoiantes do candidato que reclama a presidência perderam a vida nos piores incidentes na capital Abidjan desde Dezembro.

Outras testemunhas referem que os confrontos começaram ao início da manhã (ontem) e prolongaram-se durante horas. Os actos violentos na Costa do Marfim repetem-se desde final de Novembro, quando se realizaram as eleições presidenciais.O último balanço feito pela ONU, há cinco dias, apontava para 210 mortos desde meados de Dezembro.



Opinião

Até quando vai se viver na Costa do Marfim este clima de suspense e terror? Até quando os homens vão degladiar para o controle do poder em Abidjan? Para quando à Paz nesse país irmão? Para quê tanto sofrimento e dor, para um Povo que merece, como qualquer outro, viver em Paz?

Desdobram-se as missões diplomáticas e, o vírus do poder à todo o custo mantém-se. É urgente descobrir um antídoto para esse "vírus assassino" que vai corroendo a política em alguns países africanos. Como também se tornou urgente resgatar à Costa do Marfim, das engenheirias maléficas que sufocam-na.

A violência que se tem visto nos últimos meses tem que ser travada, porque se entrar em espiral todos os países da região estarão ameaçadas. Desengane-se aquele que pensar que com o uso da força, se resolverá a questão marfinense. Com a ideia de que estando longe, está safo.

Com o somatório das irregulidades do processo eleitoral e a culpabilização desencadeada pelas partes em conflito, o mais sensato talvez seja realizar-se um novo pleito eleitoral. Agora, duas coisas estão certas: à gritante impotência da organização regional em resolver esta questão e, a aberrante incapacidade da UA enquanto organização que carrega o sonho duma União em toda à África!