quinta-feira, 12 de abril de 2012

Principais acontecimentos desde eleições presidenciais na Guiné-Bissau



A instabilidade na Guiné-Bissau agudizou-se  hoje, véspera do início da campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais,  com tiros ouvidos nas ruas da capital, movimentações militares e com estações  de rádio a deixarem de emitir. 
Fonte: Lusa
Principais acontecimentos na Guiné-Bissau desde a realização da primeira  volta das eleições presidenciais em 18 de março: 
- 18 de março: A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau  considera que as eleições decorreram "dentro da normalidade e sem incidentes  de maior". 
- 19 de março: O ex-chefe das informações militares da Guiné-Bissau,  Samba Djaló, é assassinado a tiro em Bissau. 
- 20 de março: Cinco dos principais candidatos às eleições presidenciais  -- Kumba Ialá, Henrique Rosa, Serifo Nhamadjo, Serifo Baldé e Afonso Té  - exigem a "nulidade" da votação e um novo recenseamento eleitoral "credível".
- 20 de março: O chefe das forças armadas, António Indjai, reúne-se  com o embaixador angolano em Bissau, general Feliciano dos Santos, e diz  posteriormente que o diplomata lhe perguntou "se estava a forjar um golpe  de Estado", visto ter informações de Angola nesse sentido. Indjai afirma  também pediu uma reunião de urgência com o Presidente da República interino  e com o Governo, a quem deu a conhecer o teor da conversa e "todos ficaram  chocados" e solicitou ainda que se diligenciasse do Governo de Angola para  que a missão angolana entregasse os meios bélicos que dispõe em Bissau.
- 21 de março: Os resultados da primeira volta das presidenciais determinam  que a segunda volta seja disputada pelos candidatos Carlos Gomes Júnior  (49 por cento dos votos) e Kumba Ialá (23 por cento dos votos). 
- 21 de março: O ex-chefe de Estado Maior General das Forças Armadas  da Guiné-Bissau, Zamora Induta, pede refúgio na delegação da União Europeia  em Bissau. 
- 22 de março: Kumba Ialá, segundo candidato mais votado nas presidenciais,  recusa participar na segunda volta. 
- 28 de março: A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau  considera improcedentes as reclamações de fraude apresentadas por cinco  candidatos nas eleições presidenciais. 
- 28 de março: Segunda volta das presidenciais marcada para 22 de abril
- 02 de abril: A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental  (CEDEAO) nomeia Alpha Condé, Presidente da Guiné-Conacri, como mediador  do impasse eleitoral na Guiné-Bissau. 
- 03 de abril: Kumba Ialá não reconhece mediador da CEDEAO para acabar  com impasse eleitoral 
- 05 de abril: A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau  suspende o início da campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais.
- 07 de abril: A CEDEAO lembra aos militares guineenses a responsabilidade  de "respeitar escrupulosamente a ordem constitucional". 
- 09 de abril: O Presidente de Angola decide pôr fim à missão de conselheiros  militares angolanos na Guiné-Bissau (Missang). 
- 11 de abril: A segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau  é "remarcada" para 29 de abril. 
- 12 de abril: A CPLP, cuja presidência rotativa é ocupada por Angola,  anuncia uma reunião de ministros dos negócios estrangeiros, a decorrer no  sábado em Lisboa. 
- 12 de abril: Kumba Ialá pede à comissão eleitoral que retire a sua  fotografia dos boletins de voto da segunda volta, mantendo a recusa em participar  na disputa com Carlos Gomes Júnior. 
- 12 de abril: "Não haverá campanha para ninguém, já afirmamos e repetimos  várias vezes que não haverá campanha a nível nacional. Caso vier alguém  a fazer campanha a responsabilidade será desse alguém e as consequências  serão dessa pessoa, porque eles sabem que não há condições para que ninguém  faça campanha", afirma Kumba Ialá na véspera do início da campanha eleitoral  para a segunda volta das presidenciais. 
Ordidja-notando
“Bô para djá”
“Mas há nela, nossa Carta Magna, uma série de direitos que não raro se chocam, quer seja pela ausência de técnica legislativa, quer seja pelo principal motivo:
As contradições políticas do nosso povo e do nosso Estado, que acabam por desembocar em conflitos que deveriam ser "pacificados" pelas leis.
E nem poderia ser muito diferente: Somos uma Democracia jovem, com instituições precárias e em formação, ou seja, nossos conflitos maiores ainda carecem de resolução satisfatória.”

Como sei que cada letra, palavra ou opinião publicada neste Blog não é levada á sério, prefiro relaxar. Vou saboreando nas horas vagas, estar com a família, curtir uma brincadeira “massa” com os filhos, ler artigos, escutar música, ouvir estórias, etc... etc... Olhem que é muito melhor e mais saudável do que estar nesta função de “escriba” de lamentos e lamentações. E pior é, quando se tem que aguentar cada barulho estridente que sai do teclado, em honra aos espaços que temos que colocar (pela obrigação e orientação da escrita, claro) para separar cada palavra, cada momento, cada sentimento, cada fingimento, quando retomo ao exercício de escrever no PC. E expor ideias próprias, naquilo que vejo ser uma realidade, objetivamente marcado pelo tempo certo.  

Ninguém sabe o que se passou! A incompreensão se juntou a ambição desmedida e não se está dar tréguas ao dialogo, e quando assim é: o país navega em águas mortiças, extremante imprevisível, sendo empurrados cada vez mais para a margem da radicalização. A imbecilidade e a incompreensão tomaram conta, resvalando para a incerteza crônica e imodificável da nossa realidade política. Os mesmos e permanentes conflitos intra-guineenses retomaram o curso normal.

Claro que desta vez, a ordem involuntária de algumas consequências,  da nossa Democracia, navega em mares não estranhos. Infelizmente! As nossas normas e os poderes instituídos até agora não estão a dar certo. Só que desta vez, mais cedo. Como era suposto ser.

Concluo: Na Guiné-Bissau é insurgente retro-visionar. A nossa Democratura insuportável teve sempre um custo. Isso por vezes é tão evidente como também é, a questão do bom senso, que deve imperar, para não termos que ser “instruídos” por estrangeiros para transformações institucionais nossas.