segunda-feira, 29 de junho de 2015

A CRISE INSTITUCIONAL NA GUINÉ-BISSAU

Por: Buli Conté
Buli Conte


A bem da verdade, a Guiné-Bissau, mais uma vez, vive numa crise institucional, provocada pela ausência de um bom relacionamento entre o Presidente da República, José Mário Vaz e o Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, ambos do PAIGC. 

Há muito que se tem falado nos bastidores, da falta de boa coabitação entre os principais membros dos órgãos da soberania (Presidência, Assembleia e a Prematura), que em nada abona ao bom funcionamento das Instituições da República. 
 
Porém, não é segredo para ninguém que a crise institucional já está instalada. Prova disso, o primeiro-ministro, pediu na semana passada aos parlamentares, uma moção de confiança e teve o voto favorável por parte dos deputados. Dias depois, o conselheiro do Presidente da República para área de Defesa, António Cabral Avelino, durante uma entrevista numa das rádios privadas da capital, desvalorizou a referida moção de confiança, tendo afirmado que, o Presidente da República tem prorrogativas constitucionais para demitir o governo, em caso da grave crise política. 

Porém, a comunidade internacional faz tudo que estiver ao seu alcance para que o país volte a normalidade constitucional/institucional. Por isso, apoiou a realização das eleições, a realização da mesa redonda e agora está canalizar paulatinamente para o país, os fundos prometidos durante a mesa redonda. 

Agora, cabe aos detentores do poder, a RESPONSABILIDADE maior para não defraudar as expectativas do martirizado povo guineense e da comunidade internacional. 

Está bem clara, na constituição da República da Guiné-Bissau, a separação das competências dos órgãos da soberania, por isso, não vejo motivo para que haja esta crise institucional. 

Peço aos meus compatriotas guineenses, que coloquemos o interesse do povo guineense acima de qualquer outro interesse, pois o momento exige a cada guineense, a maior ponderação, seriedade, tolerância e que se dediquem mais para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Bem-haja a todos.

Tenho dito.