quarta-feira, 24 de junho de 2015

Atitude corajosa

Antes de tudo, permitam que dirija ao amigo, irmão e camarada Baciro Djá, uma expressão pública de solidariedade, pela atitude corajosa de pedir demissão, num puro ato de redenção política, ou seja foi, um homem à frente! Aprendemos com ele que o mais importante é olhar para frente, é pensar o futuro, e não mastigar o presente e desenrascar o passado. O “ex-ministro” (não sei se posso chamar assim, uma vez que tanto o PM como o PR podem indeferir o pedido) Baciro Djá escolhe um timing perfeito, e parecendo que não, coloca em cheque os colegas membros do executivo, com nuances infelizes, abrindo assim espaço, para uma remodelação governamental.

Conheço o Baciro Djá, há algum tempo. Temos memórias comuns de estórias passadas no pequeno ringue de futebol (Més), situado nas traseiras da sede da organização das mulheres do partido (UDEMU) antes de zarparem para Cuba. Foi difícil já nos anos 90, em Lisboa, convencerem-me que o Baciro não era filho do ex-presidente Malam Bacai Sanha (que Deus o tenha). Mas o próprio uma vez explicou-me, a relação de parentesco que tinham. Foi ministro muito jovem, embora considere um exagero consdera-lo o mais jovem da estória, digo isso, baseando no cálculo primário de fazer as contas da idade com que entraram os primeiros “camaradas” que dirigiram o país em 1974.

Na verdade, somos da mesma geração, e lembro-me como hoje, das militâncias feitas em Lisboa no início de 2000, e as longas reuniões dirigidas pelo mais-velho Tony Mendes (“Cuco di Cadju” para os mais chegados).
        
Sou da opinião, que esta nítida atitude de resignação do “ex-ministro” Baciro Djá (sendo um verdadeiro comportamento do homem político), possa ajudar na transformação que se deseja da fisionomia política da Guiné, onde o que conta é a natureza “artificializada”!

E, a pergunta do dia? Ah, lembrei-me!

Será que, o “ex-ministro” Baciro Djá irá colocar também à disposição da direção superior o seu lugar de 3º Vice-presidente do partido PAIGC?
  
Na ressaca de mais um Comité Central, cuja preparação paralisou o país, praticamente duas semanas, e o pós-CC irá paralisar mais algumas semanas, o momento que se vive apresenta diferentes fases e faces e reclama ainda muita reflexão.

Enumerá-las exige a reflexão de toda uma vida de um partido, ainda manietado à herança do uso da força e da violência, para propósitos que se “julgam” nacionais e que afetam todos os guineenses. Embora, sem dúvida e, se fizermos comparação aos recentes acontecimentos (pauladas) que envolveram a classe empresarial da nossa praça, conclui-se, que os políticos do partido dos “camaradas” pontuaram na conduta. Mandaram bem!