segunda-feira, 13 de julho de 2015

Luto...


Fonte: GTV

Faleceram em Lisboa o escritor Félix Sigá e a Jornalista Rosete Reis
Em dois dias consecutivos, a Guiné-Bissau perde duas figuras da Cultura e Comunicação social, Félix Sigá e Rosete Reis.

Félix António Sigá encontrava-se internado desde passado mês de Fevereiro, no Hospital Pulido Valente, em lisboa, tendo morrido na quinta-feira, 09 de Julho, vítima de doença prolongada.

Sócio – fundador da Associação de Escritores Guineenses, AEGUI, Félix Sigá era autor do livro “ Arqueólogo da Calçada” entre outras obras e tinha diversos poemas dispersos em várias antologias. O autor deixou vários manuscritos por publicar.

E hoje(sexta-feira), em Lisboa, faleceu a Jornalista guineense Rosete Reis, vítima de um Acidente Vascular Cerebral … AVC. Rosete Reis iniciou a sua carreira jornalística na Rádio Nacional da Guiné-Bissau, em 1991. Em 1997 foi trabalhar para a estação “Galáxia de Pindjiguiti” e em 1998 transitou a “ Rádio Bombolom “, onde permaneceu até 2012. 

A Jornalista guineense também foi colaboradora da Rádio Renascença e a Voz da América.

Desde Julho de 2014 que Rosete Reis desempenhava as funções de Assessora de Imprensa do Ministro das Obras Públicas, colaborando, desde Janeiro de 201, com a Rádio Nacional a convite de Muniro Conté, actual Director - geral da RDN.

Rosete Reis tinha 48 anos de idade, era casada com o político guineense Amine Saad e deixa uma filha.

O luto continua…
 
Por estes dias desconectei. Estive off-line na Ordidja!!!  Estou amargamente destorcido! As informações do desaparecimento físico da irmã, amiga e colega Rosete Reis (longos anos de trabalhos juntos) e do grande poeta Félix Siga (veio-me a memória os nossos djumbais no Ancar), deixaram-me sem forças para falar (escrever) ficando de rastos emocionalmente. 

Lamento profundamente todos os males que, por uma ou outra razão, possa ter provocado, com a informação da morte da grande jornalista Rosete. Deixei-me escorregar pela ambiguidade da era da conexão e interacção online. Na verdade fui, muito emotivo(em vez de refletivo) quando estive confrontado com a notícia da morte duma grande amiga (como ela era para mim) e alguém que tinha visto à menos de uma semana. 

Este é um momento doloroso que desejaria que nunca tivesse acontecido. Face a esta dramática situação estive mesmo a pensar colocar um ponto final neste mural de nome Ordidja. 

Tudo isso provocou, emoções descontroladas. No cruzamento da informação da morte tive o azar, de falar precisamente com a pessoa, cujo amigo horas antes, fora contato pela família para “cobrir as mobílias da casa com lençol branco e, consultar o preço do aluguer das cadeiras e tenda para o choro…” ainda perguntei pelo Dr. Amine Saad, mas informaram-me que já estava em Dakar, a caminho de Lisboa.    
       
Este espaço virtual de nome Ordidja tem como propósito a forma clara (a minha dignidade não está e nunca estará à venda) de transmitir informação verdadeira e, ideias precisas, de forma elegante e respeitosa. Sendo um meio de comunicar pessoal, nunca foi e nem é minha intenção torna-la, num meio de comunicação social (ajudei a montar um, na Guiné-Bissau), isto porque, tenho noção que carece de estrutura e formato para tal.

Este mural de nome ORDIDJA, procura apenas e só, um lugar no mundo virtual guineense, sem agressividade desmesurada e muito menos o desrespeito pela VIDA HUMANA que, caracteriza a maior parte dos restantes espaços virtuais. Talvez tudo isso seja o espelho refletor da herança deixada pelos pioneiros nesta senda. Continuo a partilhar à opinião de que, é, extremamente lamentável algumas informações que se divulgam, e é urgente regular esta forma de comunicar entre e intra guineenses. 

Outrossim, este mural virtual quer apenas transmitir o universo guineense de forma humana, virando costas de forma clara, a violenta e animalesca leveza de ser, da maioria compulsiva. O target deste espaço, consegue mostrar que sem calúnias e muito menos difamações consegue-se informar/educar, respeitando sempre a honra do próximo como se respeita a nossa. Alias, aquele que tem HONRA, não agride a honra do outro, sobretudo, de forma leviana e maldosa.

Termino com duas notas finais: 

Manifestação do profundo pesar e sentidos pêsames as famílias enlutadas.
Paz e eterno descanso, às suas ALMAS...