quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Portugal vulgariza Espanha campeã mundial

Ordidja sabe onde os espanhóis "adormeceram", pura obra do Fado 

Fonte: Correio da manhã

Portugal apagou a má imagem deixada nos oitavos-de-final do Mundial da África do Sul, aplicando à Espanha a sua derrota mais pesada de sempre (4-0) em confrontos com a equipa portuguesa.

A goleada começou a ganhar forma com um petardo de Carlos Martins aos 43 minutos, desferido na recarga a um remate fenomenal de Cristiano Ronaldo.
Antes disso, aos 37 minutos, o árbitro tinha negado um golo limpo a CR7. O jogador do Real Madrid sentou Piqué e marcou um golo de antologia. A bola já estava dentro mas Nani fez-se ao lance e cabeceou-a, procurando a confirmação. Por sinal, também estava em jogo, pelo que o lance seria limpo em qualquer circunstância. O árbitro francês, Antony Gautier assim não entendeu e penalizou a selecção nacional.

A equipa de Paulo Bento deu boa conta de si frente à campeã mundial e só faltou a Postiga maior decisão para finalizar um passe magistral de Nani, aos 21 minutos.
Bem organizada no meio campo, a selecção nacional cumpriu a preceito a intenção, previamente revelada por Paulo Bento, de não deixar o adversário ter a posse de bola  e formou um bloco compacto, que dificultou imenso a vida a David Villa e companhia.

Cristiano Ronaldo confirmou o seu estatuto de estrela e cotou-se como a grande figura do duelo ibérico enquanto esteve em campo.
Com vantagem de um golo e muitas mexidas no regresso das cabinas, entre elas a troca do próprio CR7 por Danny,  a Selecção manteve o ímpeto e não foi preciso esperar muito para ver o marcador ser aumentado.

João Moutinho fugiu, mais uma vez, a Capdevilla, pela direita e cruzou rasteiro para Hélder Postiga, que marcou com um toque de calcanhar, contando com a ‘ajuda' de Sérgio Ramos, que tentou, sem sucesso, desviar a trajectória da bola.

Espanha respondeu em dois lances de bola parada, mas a pressão imposta a ‘nuestros hermanos' pela desvantagem no marcador obrigou a equipa a balancear-se mais para o ataque e abrir espaços para os contra-ataques portugueses.

O corredor esquerdo era já também um autêntico passador e a velocidade de Danny começou a fazer mossa. E foi justamente o jogador do Zenit a fabricar o lance do terceiro golo. Ninguém conseguiu acompanhar a sua arrancada e já nas imediações da área, deixou para Moutinho, que permitiu a Postiga marcar o seu segundo golo da noite.

Os olés do público mais contribuíram para enervar os espanhóis, com alguns dos pupilos de Vicente del Bosque de cabeça perdida e a enveredar pela dureza excessiva.
Nos últimos minutos, Espanha tentou salvar a honra, mas Rui Patrício esteve sempre atento, quer entre os postes, quer nas saídas com os pés. Já em tempo de compensação Hugo Almeida fez o 4-0 final para o delírio nas bancadas.